Agentes também investigam a atuação do grupo em crimes de estelionato, por meio de golpes virtuaisDivulgação/MPRJ

Rio - Uma operação, nesta quarta-feira (4), mira um esquema de clonagem de carros e receptação de peças automotivas para utilização em veículos comprados em leilão. Agentes da Polícia Civil e do Ministério Público do Rio cumprem 14 mandados de busca e apreensão contra envolvidos no crime, em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense. A maioria dos investigados tem antecedentes criminais por estelionato.
A 134ª DP (Campos dos Goytacazes) e do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ) cumprem mandados nos endereços dos investigados e em uma empresa de reciclagem no distrito de Guarus, suspeita de ser de fachada para lavar dinheiro do grupo. Os agentes estão em Parque Calabouço, Jardim Carioca, Parque Vicente Gonçalves Dias, Parque Guarus, Parque São Caetano, Parque Presidente Vargas, Parque Santa Helena, Parque Alvorada, Parque São Bendito.
Os mandados de busca e apreensão foram expedidos pelo Juízo da 3ª Vara Criminal da Comarca de Campos dos Goytacazes. Até o momento, quatro veículos, joias e telefones foram apreendidos. As investigações tiveram início em setembro deste ano, quando a distrital descobriu que um grupo criminoso, com todos os membros da mesma família ou pessoas ligadas a eles, vinha enganando vítimas e cometendo estelionato, por meio de golpes virtuais.
Ainda segundo as investigações, com o dinheiro dos crimes, os suspeitos compravam veículos de leilão, usavam peças de origem ilícita para montar os carros e os revendiam por altos valores. Nas redes sociais, os integrantes do grupo exibem um estilo de vida extravagante e frequentemente ostentam joias, itens de ouro e automóveis de luxo importados. Um dos investigados é proprietário de um BMW avaliado em R$ 225 mil, registrado em nome de uma empresa da qual é sócio.
Os agentes investigam os envolvidos por crimes como lavagem de dinheiro, receptação, adulteração de sinal de veículo automotor, entre outros. A operação também conta com o apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI) do Ministério Público do Rio.