Menino chegou a ser encaminhado ao Hospital Getúlio Vargas, mas não resistiuReginaldo Pimenta / Agência O Dia
Menino de 4 anos morre depois de ser baleado na cabeça
Polícia informou que a criança estava dentro do carro com o pai quando foi atingida por criminosos na Penha
Rio - Um menino de 4 anos morreu, na noite desta quinta-feira (12), após ser baleado na cabeça no Morro da Fé, na Penha, Zona Norte. A criança teria sido atingida durante uma discussão entre os pais.
De acordo com o relato do pai do garoto, durante uma briga com sua ex-mulher, ela teria acionado traficantes da região. O homem disse que, temendo pela sua vida, colocou o filho no carro e tentou fugir. No entanto, atropelou um dos criminosos. Durante a fuga, os bandidos atiraram contra o veículo, e um dos disparos atingiu a cabeça da criança.
Já a mãe do menino nega que chamou traficantes para a casa do ex-marido. Segundo a versão, ela chegou gritando na residência querendo ver o filho porque estava desde segunda-feira (9) sem vê-lo. Com o barulho da discussão, integrantes do tráfico da comunidade foram até o local para tentar resolver a situação, o que culminou no pai do menino deixando o imóvel com o filho e os disparos.
O homem dirigiu até o Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, mas o menino não resistiu e o morreu na unidade. O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) no Centro do Rio. Ainda não há informações sobre o enterro do garoto.
O caso é investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC). Segundo a especializada, diligências estão em andamento para identificar a autoria do disparo e esclarecer todos os fatos.
Procurada, a Polícia Militar disse que agentes do 16º BPM (Olaria) foram acionados para verificar a entrada de uma criança ferida no Hospital Getúlio Vargas. Chegando ao local, os policiais foram informados que o menino morreu após o veículo do pai ter sido alvo de disparos no Morro da Fé.
Segundo dados do Instituto Fogo Cruzado, o menino é a 25ª criança baleada no Grande Rio em 2024. O ano ainda nem terminou e o número de crianças baleadas já é igual ao registrado em todo o ano de 2023 e de 2018, quando houve a Intervenção Federal no Rio.
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