Idoso morreu enquanto esperava atendimento médico na UPA JacarepaguáReprodução / Redes Sociais

Rio - Familiares de Jocelino Baptista de Almada, de 62 anos, que morreu na quarta-feira (25) enquanto realizava procedimentos médicos na UPA Jacarepaguá, na Zona Oeste, desmentiram a versão que correu nas redes sociais sobre negligência no atendimento médico.
De acordo com a família, o idoso deu entrada na unidade de saúde às 15h, acompanhado da mulher, Marlucia de Souza ferreira de Almada, de 66 anos. Em imagens que circulam nas redes sociais, uma funcionária da UPA aparece realizando massagem cardíaca em Jocelino, que está caído. Em seguida, o idoso é transferido para uma maca com os olhos abertos, mas sem qualquer tipo de movimento.
Robert Ferreira Campos, de 28 anos, disse que o avô buscou atendimento médico devido a fortes dores no estômago, que persistiam há alguns dias, além da dificuldade de se alimentar e beber água. Ele afirmou que, no dia 20 de dezembro, o avô já havia procurado a UPA da Barra da Tijuca, onde foi medicado e liberado com o diagnóstico de septicemia.

No último atendimento, na UPA de Jacarepaguá, o idoso chegou à unidade de saúde em estado estável e foi rapidamente acolhido pela equipe. "Meu avô foi atendido em apenas oito minutos. Ele fez o exame de sangue e tomou um litro e meio de água para realizar o exame de urina. O momento em que ele estava sentado não foi de espera pelo atendimento, mas pela vontade de urinar para concluir o exame”, explicou.

"Infelizmente, meu avô sofreu um infarto. Quando ele passou mal, todos os profissionais correram para socorrê-lo. Fizeram de tudo, mas, infelizmente, não foi possível salvá-lo. Nós entendemos que não houve negligência, e sim uma fatalidade", acrescentou.

Robert também destacou o suporte oferecido à avó, que acompanhava o idoso. "Após o ocorrido, cuidaram muito bem da minha avó. Foi um momento difícil, mas o atendimento deles foi humanizado e ágil", disse ele.
"Meu avô estava com dores no estômago há dias, mas ninguém imaginava que pudesse ser algo tão grave. Ele procurou ajuda, mas acho que os sinais acabaram não sendo suficientes para indicar o quadro real”, lamentou Robert.

A Secretaria Estadual de Saúde (SES), responsável pela unidade, informou que "o paciente chegou à unidade e foi atendido pelo médico em oito minutos. Foi medicado, passou por exames laboratoriais e seguiu em observação pela equipe de plantão. Ao apresentar mal súbito, a equipe multidisciplinar atuou imediatamente e realizou manobras de reanimação sem sucesso."

"A Secretaria de Estado de Saúde determinou uma apuração detalhada do atendimento. A SES/RJ lamenta profundamente a perda do paciente e se solidariza com a família”, completa a nota.

O sepultamento de Jocelino Baptista aconteceu nesta quinta-feira (26), no Cemitério Jardim da Saudade de Paciência, na Zona Oeste.