O professor e bailarino Bob Cunha dá aulas até hojeDivulgação
O DIA: Na virada de ano, as pessoas tomam muitas decisões e em janeiro algumas podem ir ficando pelo caminho. Como fazer para se manter firme no propósito?
Artur Costa: O início do ano desperta entusiasmo para mudanças, mas manter os propósitos exige planejamento e autoconhecimento. Primeiro, é importante transformar grandes objetivos em metas menores, mais alcançáveis. Além disso, reconhecer que dificuldades podem surgir ajuda a evitar frustrações. A saúde mental tem papel fundamental aqui: estar atento às emoções e procurar apoio, seja de amigos, familiares ou profissionais, pode ser o diferencial para seguir firme nos propósitos.
O DIA: Desde a pandemia, a saúde mental de muitas pessoas não foi mais a mesma. Como se pode tomar certos cuidados para evitar ansiedade, depressão e afins?
Arthur Costa: A pandemia trouxe à tona a importância de cuidar da saúde mental. Algumas práticas diárias podem ajudar, como manter uma rotina equilibrada, praticar exercícios físicos, cultivar bons relacionamentos e reservar momentos para lazer e descanso. Também é essencial estar atento aos sinais do corpo e da mente. Buscar ajuda profissional é um ato de coragem e cuidado consigo mesmo, especialmente em casos mais graves de ansiedade ou depressão.
O DIA: O Janeiro Branco também serve para que a saúde mental seja mais discutida entre os profissionais?
O DIA: A campanha Janeiro Branco faz 11 anos de existência em 2025. Qual a sua avaliação em relação à saúde mental das pessoas pós-campanha?
Artur Costa: A campanha tem sido essencial para quebrar tabus e promover conversas sobre saúde mental. Nos últimos anos, percebemos maior abertura das pessoas para falar sobre suas dores e buscar apoio. No entanto, ainda há muito a avançar, especialmente no acesso aos serviços de qualidade. Apesar dos avanços, é fundamental que a sociedade continue investindo na prevenção e no tratamento da saúde mental.
O DIA: Um projeto de lei está para ser votado com a volta dos chamados “manicômios”. Hoje não se pode mais internar, pelo menos em tese, mas muita gente está nas clínicas Saint Romain, em Santa Teresa, na da Gávea, e outras. Mas o morador de rua, com saúde mental abalada, fica sem ajuda. Trata-se de um tema bem polêmico. Como vê a situação?
Artur Costa: Esse é um tema delicado e complexo. A volta dos manicômios seria um retrocesso, pois a história nos mostrou os danos de instituições que excluem e desumanizam. O modelo ideal é aquele que integra o paciente à sociedade, oferecendo cuidados em Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e unidades especializadas. No entanto, a falta de suporte para moradores de rua com saúde mental abalada revela um sistema que precisa de mais recursos e políticas públicas inclusivas. O desafio é equilibrar a proteção dos direitos humanos com a necessidade de tratamentos adequados.
Diversas pessoas estão na luta por uma saúde equilibrada seja por meio da educação como fazem os especialistas em gamificação, Gilberto Barroso, e criação Vitor Azambuja, ou por meio da arte. Ambos fundaram o Programa De Criança para Criança (DCPC) e se preocupam com a saúde mental dos menores. "Estamos muito focados em achar que só o adulto tem depressão. E geralmente tem muita criança em depressão ou em processo de piora da saúde mental", alerta Vitor Azambuja, especialista em educação.
De Criança para Criança – O programa oferece um leque de metodologias de educação híbrida para escolas de todo o mundo. Do futuro para a escola, a proposta é oferecer às crianças a oportunidade de serem protagonistas, colocando-as no centro da aprendizagem.
Hoje, ele mantém as suas aulas em casa em Laranjeiras, bairro da Zona Sul da cidade do Rio, e dá aula particular na casa do aluno, caso prefira. Há 46 anos é ligado às artes: fez teatro, foi modelo fotográfico e coreógrafo em comissão de frente em escola de samba carioca, entre outros trabalhos. Um currículo extenso, que engloba prêmios nacionais e internacionais, como o de CampeãoBrasileiro de TangoShow.
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