Índia Armelau (PL) está sendo investigada pelo MPRJDivulgação / Alerj

Rio - O Ministério Público do Rio investiga a deputada estadual Índia Armelau (PL) por suspeita de praticar 'rachadinha' com seus assessores na Assembleia Legislativa do Estado (Alerj). De acordo com uma denúncia do ex-chefe de gabinete da parlamentar, Leandro Araújo, os funcionários eram obrigados a repassar o auxílio alimentação, que variava entre R$ 1.470 e R$ 2.940, para a deputada. As informações são do 'RJTV', da TV Globo.
Segundo a denúncia, o valor era sacado pelos subordinados e entregue a um assessor de confiança da Índia, em uma sala do gabinete. Em outros casos, a parlamentar também teria recebido o dinheiro em sua academia ou na casa dela. A exoneração de Leandro foi publicada em janeiro.
O ex-chefe de gabinete contou que, certa vez, entregou o pagamento diretamente para Índia, que teria respondido que o valor serviria para pagar contas. Um vídeo, que teria sido gravado na casa da deputada, mostra um dos assessores contando o dinheiro e deixando em cima de uma bancada.
Um outro homem, que não teve a identificação divulgada, relatou que foi contratado para trabalhar no gabinete, mas que inicialmente atuava como motoboy e, um tempo depois, passou a ter apenas a função de limpar a piscina da casa da deputada. Na denúncia, ele ressaltou que praticamente não tinha demandas relacionadas ao mandato.
Índia Armelau foi eleita nas eleições de 2022. Dois anos depois, concorreu como vice-governadora na chapa de Alexandre Ramagem, também pelo PL. Por meio de nota, ela negou as acusações e disse que o atual mandato não será manchado por ex-funcionários vingativos.
Veja a nota na íntegra
"Nesses tempos em que são recorrentes os casos de manipulação de áudios e vídeos, até por inteligência artificial, assusta a que ponto chega a maldade humana. Eu vou tomar as medidas legais cabíveis sobre essas mentiras. O mandato é íntegro, não será manchado por pessoas e pseudo ex-funcionários vingativos, sem aptidão técnica, que mentem e difamam para tentar destruir a minha reputação e demais assessores do gabinete.
Tentaram me difamar na época da última campanha eleitoral e não conseguiram porque a Receita Federal possui todas as informações sobre o meu patrimônio, construído legalmente e, em sua maior parte, fruto de um endividamento para financiamento imobiliário.
Estou sofrendo ataques de pessoas que frequentavam a minha casa há mais de um ano, ocupavam cargos de confiança e não aceitaram as demissões por desempenho insuficiente e quebra de confiança, inclusive assédio contra membros da minha equipe.
As medidas legais cabíveis sobre essas mentiras serão tomadas. Tenho tranquilidade para dizer que o meu mandato é íntegro, e que eu não me submeto a mau-caratismo e chantagens. Todas as calúnias e difamação não vão prevalecer."