A chegada da procissão do Centro da cidade acontece por volta das 19hDivulgação / Capuchinhos
Confira celebrações e homenagens a São Sebastião e Oxóssi
Feriado vai contar com missas, procissões, encenação e um festival
Rio - Fiéis celebram, nesta segunda-feira (20), o Dia de São Sebastião, padroeiro da cidade, com missas, bênçãos e eventos diversos. Nas religiões de matriz africana, comemora-se o Dia de Oxóssi e há festividades em todo o município.
No Santuário Basílica dos Capuchinhos, na Tijuca, Zona Norte, as missas serão realizadas de hora em hora, a partir das 5h. A data vai contar com 14 celebrações, com exceção das 8h.
Às 9h, haverá a Missa Solene, celebrada pelo cardeal arcebispo Dom Orani João Tempesta. Entre as relíquias históricas da cidade que estão na igreja, uma delas é imagem de São Sebastião trazida por Estácio de Sá, fundador do Rio.
No período da tarde, às 16h, terá início a tradicional procissão, que sairá do Santuário Basílica de São Sebastião em direção à Catedral Metropolitana, no Centro, com percurso de cerca de 5 km. Além disso, haverá barracas vendendo quitutes como pizza, cachorro quente, pastel e outros.
A partir das 18h, a arquidiocese da cidade apresentará a encenação do Auto de São Sebastião para celebrar o feriado do santo padroeiro, ao lado da Catedral Metropolitana, na Avenida Chile. O espetáculo conta com a participação de 15 artistas incluindo atores, cantores e bailarinos.
O evento é realizado pela arquidiocese em parceria com a prefeitura e dirigido por Luiz Fernando Bruno, autor do tradicional Auto da Paixão de Cristo, encenado nos Arcos da Lapa. Após a apresentação, às 18h30, Dom Orani presidirá a Missa Solene de São Sebastião na Catedral.
Na Igreja de São Sebastião em Olaria, na Zona Norte, as missas serão às 6h, 8h, 10h, 12h, 15h e 18h. A saída da procissão está prevista para 16h30.
Já na Paróquia da Ilha do Governador, as celebrações terão início às 7h e acontecem às 8h30, 10h, 11h30 e 15h. Por volta de 12h, haverá um almoço festivo. Às 17h, será realizada uma missa campal seguida de procissão.
Dia de Oxóssi
Segunda também é o Dia de Oxóssi, conhecido como senhor dos caçadores e guardião das florestas. Para celebrar o orixá, o Museu da República, na Rua do Catete, recebe o Festival Àgbàdo, das 9h às 18h.
Nesta segunda acontece a procissão dos Terreiros com bandeiras e balaios para o Orixá da Fartura; Apresentações dos Povos Originários; Toré de Caboclo, celebrando a força e espiritualidade dos ancestrais; e a entrega de alimentos às pessoas em situação de vulnerabilidade.
Fiéis também podem aproveitar a Festa de São Sebastião/Oxóssi no tradicional Pagode da Tia Gessy, no Cachambi, Zona Norte do Rio. A partir das 14h, se apresentam Ale Maria, Aninha Portal, Amanda Amado, Binho Sá e Regina Mazza. Os ingressos podem ser adquiridos pelo Sympla e garantem um copo. Além disso, será servido um almoço gratuito.
História de São Sebastião
No Brasil, há cerca de 450 igrejas com o nome de São Sebastião e 62 cidades apadrinhadas pelo mártir. A história conta que a tradição teve início em 1886, quando frei Fidélis d'Ávila foi curado de uma grave enfermidade com água benta. Devoto de Nossa Senhora de Lourdes, o frei mandou construir uma gruta dedicada à santa ao lado da Igreja de São Sebastião, no Morro do Castelo, no Centro. A partir de então, os freis franciscanos capuchinhos passaram a dar a bênção sempre na primeira sexta-feira de cada mês.
Com o aumento no número de fiéis, iniciou-se também a crença de começar bem o ano recebendo a bênção especial dada pelos "capuchinhos" na primeira sexta-feira de janeiro.
São Sebastião é amplamente venerado no Brasil, conhecido tanto por sua coragem quanto por seu papel como protetor contra doenças. A devoção ao santo é evidente em diversas cidades, que celebram o seu dia com festas, procissões e eventos religiosos.
Ele foi um soldado romano que viveu durante o século III e é famoso por sua fé cristã inabalável. Serviu como capitão da guarda pretoriana sob o imperador Diocleciano, mas secretamente ajudava cristãos perseguidos. Quando sua fé foi descoberta, ele foi condenado à morte por flechadas, mas sobreviveu e continuou a pregar até ser martirizado.
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