O policial civil tentou matar a namorada na porta da 59ªDP (Duque de Caxias)Renan Areias/Arquivo/Agência O Dia

Rio - A inspetora Viviane Maia da Rosa, 33 anos, baleada pelo namorado, o policial civil Vinícius Silva de Souza, 29 anos, na porta da 59ªDP (Duque de Caxias), continua internada em estado gravíssimo. Os dois estavam na corporação há pouco mais de ano.
Antes de entrar na polícia, a agente prestou assessoramento direto à 2ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva do Núcleo Teresópolis, na Região Serrana, por quase 10 anos. Ela e o namorado entram juntos na corporação. Ambos foram nomeados Inspetores de Polícia de 6ª Classe em 27 de dezembro de 2023.
Segundo apurado pelo DIA, a inspetora havia relatado que teve um conflito com o policial anteriormente. Os dois trabalhavam no mesmo prédio, mas em delegacias diferentes. Já que a vítima era lotada da Delegacia de Atendimento à Mulher de Duque de Caxias (Deam) e o homem da 59ªDP.
Viviane foi baleada na região do tórax e abdômen após uma discussão no estacionamento da distrital. Ao ser socorrida, ela foi encaminhada ao Hospital Municipal Dr. Moacyr Rodrigues do Carmo, onde passou por cirurgia. Até o momento, a agente segue internada no CTI em estado gravíssimo, entubada e acoplada à ventilação mecânica. Segundo a direção da unidade, a paciente permanece em vigilância e suporte intensivo.
Na ocasião, outras três pessoas também deram entrada no hospital com escoriações leves. Elas foram atendidas e liberadas.
Relembre o caso
Segundo a Polícia Civil, Vinícius atirou quatro vezes na direção da namorada, que estava no estacionamento da especializada. Em seguida, ele fugiu em direção à sede da 59ª DP (Caxiais), onde entrou em confronto com outros policiais da delegacia e da equipe da Segurança Presente. Ao fim dos disparos, o agente foi encontrado caído no chão, baleado.
Nos pertences de Vinícius, os policiais encontraram remédios para esquizofrenia, o que pode indicar um surto psicótico. A perícia foi solicitada para o local.

A investigação está em andamento na 59ª DP e na Deam Caxias, com apoio da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF). A Secretaria de estado de Polícia Civil (Sepol) disse que se solidariza e está dando todo o suporte necessário às famílias dos dois policiais civis.