A confusão começou quando a mulher procurou atendimento devido a um mal-estar e pressão alta. Ela teria sido mal atendida desde que chegou ao hospital.
"Ninguém sabe o que aconteceu lá dentro. Assim que minha amiga entrou, ela já estava sendo maltratada pela enfermeira e ele entrou lá [funcionário] sem ninguém chamar ele, e já estava agredindo ela verbalmente [...] Nenhum vigilante deve chegar e falar com você desse jeito. O hospital tentou comprar a gente para não postar o vídeo, e eu falei: já postei", garante.
O acompanhante, que é um homem transexual, disse ainda que houve um episódio de homofobia contra ele e que, durante as agressões, ninguém o ajudou. O episódio violento foi gravado por outros pacientes que estavam no local.
Veja o vídeo:
Discussão entre paciente, seu acompanhante e dois funcionários termina em agressão no Hospital Municipal Rocha Faria, em Campo Grande.
"Me trataram com homofobia também. Eu errei por pegar o celular dele. Mas da mesma forma que ele disse que não queria ser gravado e minha amiga abaixou a câmera e não mostrou o rosto dele, ele ligou o celular e foi gravar o meu rosto. Foi na hora que eu tirei o celular da mão dele e ele me deu aquela banda, eu não podia nem revidar, não consegui nem encostar a mão nele. Os guardas souberam me segurar, mas quando foi ele para cima de mim, ninguém soube me defender", disse.
Por meio de nota, a direção do hospital informou que o casal tentou furar a ordem de prioridade dos atendimentos, proferindo vários insultos aos profissionais da unidade, enquanto produziam vídeos para as redes sociais. O acompanhante refuta a informação e diz que só passaram na frente de outras pessoas após a médica chamar. E que os dois só queriam que alguém checasse a pressão da mulher, que não estava se sentindo bem.
"Ela poderia muito bem verificar a pressão e poderíamos aguardar. Ela mesmo que passou a gente na frente e o vigilante não gostou. E teve essa confusão toda", disse.
A unidade admitiu que, após insultos, dois agentes da portaria perderam o controle e agrediram fisicamente os envolvidos. Segundo o hospital, ninguém ficou ferido. A paciente recebeu atendimento, realizou exames que não apontaram alterações e ela teve alta.
"A direção da unidade repudia o ocorrido, demitiu os dois profissionais envolvidos nas agressões e registrou um boletim de ocorrência junto à Polícia Civil para investigação dos fatos. Um policial militar que testemunhou toda a confusão, desde o início dos insultos, conduziu os envolvidos para a delegacia", disse em nota.
O hospital não se manifestou sobre a acusação de suborno.
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