Polícia Civil faz operação para reprimir roubo de cargas e veículos no Complexo da Mangueirinha
Um criminoso foi preso e 15 veículos recuperados durante as primeiras horas de ação nas comunidades de Duque de Caxias. O trabalho é desdobramento da segunda fase da Operação Torniquete
O delegado da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), Paulo Sabac - Reginaldo Pimenta/Agência O Dia
O delegado da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), Paulo SabacReginaldo Pimenta/Agência O Dia
Rio - A Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) prendeu um criminoso e recuperou 15 veículos, nesta terça-feira (11), durante a segunda fase da Operação Torniquete, no Complexo da Mangueirinha, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Segundo o comando da especializada da Polícia Civil, o objetivo da ação era reprimir o roubo de cargas e de veículos, que financiam a facção criminosa que atua na região e favorecem a manutenção do tráfico de drogas.
fotogaleria
"O objetivo da operação é dar continuidade à Operação Torniquete, que visa combater os diversos roubos e furtos de veículos aqui no Estado, roubos patrocinados por organizações criminosas que têm como atividade principal o tráfico de drogas e que se utilizam desses crimes para alimentar os seus lucros ilícitos. Desse modo, o alvo foi ocupar uma região que a gente sabia que tinha a possibilidade de recuperar muitos veículos", disse o delegado da DRE, Paulo Sabac.
De acordo com o chefe da especializada, a ação resultou na recuperação de 15 veículos, sendo todos eles produtos de roubo. Ao longo do dia, um criminoso envolvido com o tráfico de drogas da região foi preso em cumprimento de mandado de prisão. Outra iniciativa realizada durante esta manhã foi a remoção de barricadas.
"Nós retiramos cerca de 20 barricadas, 20 obstáculos na região que impediam a passagem das viaturas, passagem de ambulâncias, passagem de todo tipo de serviço essencial e terminavam fazendo ali ao redor da comunidade da Mangueirinha. Um entrave para que os serviços sociais, os serviços assistenciais do Estado e a segurança pública se fizessem presentes", pontuou.
Segundo o delegado, parte do dinheiro lucrado com os crimes cometidos pelo Comando Vermelho no Complexo da Mangueirinha vem sendo usado para financiar lideranças do tráfico atrás das grades. O lucro dos roubos, especialmente o de veículos, também serviria para bancar famílias de presos, como uma espécie de sistema de assistência social do crime.
"Esses veículos que são roubados, eles são cortados, vendidos para outros estados. E esse lucro ilícito é utilizado para a compra de entorpecentes, de armas. E também para financiar parentes de presos e presos dessa organização criminosa Comando Vermelho. Pagamento de diversas situações envolvendo esses presos. Despesas pessoais, despesas com parentes e todo tipo de trabalho assistencial", explicou.
Para o delegado, está claro que a facção é a responsável pela maior parte do número de roubos praticados no estado, além de ser a facção com maior participação no tráfico de drogas. "São crimes que abalam a nossa sociedade, crimes violentos, que têm causado um pânico e abalando a ordem pública. E o nosso objetivo é combater, enfrentar frontalmente. Nós não recuaremos, nós continuaremos intensificando as nossas ações em várias regiões do estado", disse.
Mais de 300 presos
Na semana passada, uma fase da operação Torniquete deflagrada buscava cumprir 74 mandados de busca e apreensão em comunidades da Zona Norte do Rio e em regiões da Baixada Fluminense, além de cidades nos estados do Ceará, Bahia, Goiás e Santa Catarina. Durante essa etapa, cinco criminosos foram presos e um suspeito morto, além de oito veículos recuperados.
Antes disso, no mês de janeiro, a megaoperação no Complexo do Alemão também visava desarticular o núcleo financeiro da fação Comando Vermelho como desdobramento da operação Torniquete. Na ação, 12 pessoas foram presas, sendo quatro em flagrante.
Desde o início da operação Torniquete, em setembro do ano passado, já foram 360 pessoas presas.
"Hoje foi na Baixada Fluminense, recentemente fizemos operações no Complexo do Alemão, no Complexo da Penha, na Maré, no Morro dos Prazeres, Fallet Fogueteiro, e vamos continuar intensificando as nossas ações em diversas localidades do estado", finalizou o titular da DRE.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.