Polícia encontrou o corpo de Brent Sikkema com 18 facadas dentro de seu apartamento no bairro do Jardim BotânicoReprodução

As autoridades judiciárias dos Estados Unidos anunciaram, nesta terça-feira, 11, a prisão e a acusação de Daniel Carrera Sikkema, de 54 anos, suspeito de contratar um assassino de aluguel para matar o marido, Brent Sikkema, um renomado galerista de Nova York, no início de 2024, no Rio de Janeiro. A justiça o acusa de conspirar para cometer assassinato por encomenda, de assassinato por encomenda no exterior e de falsificação de passaporte. O rico e famoso galerista foi morto no dia 15 de janeiro de 2024 no Rio de Janeiro, cidade que visitava com frequência e na qual possuía propriedades.

O suspeito, de origem cubana, pode pegar prisão perpétua ou ser condenado à pena de morte. De acordo com a acusação, a partir de 2023, Carrera Sikkema, que morava em Nova York, ofereceu dinheiro a uma pessoa para matar seu marido, com o qual estava em um processo de divórcio litigioso. Ambos tinham um filho adolescente.
Carrera Sikkema enviou dinheiro ao assassino - que usava uma identidade falsa - por meio de intermediários, tentando ocultar a origem dos pagamentos, segundo a promotoria. A promotora do tribunal federal que investiga o caso, Danielle R. Sassoon, descreveu o crime como "um complô frio para assassinar".

A polícia encontrou o corpo de Brent com 18 facadas dentro de seu apartamento no bairro do Jardim Botânico, na zona sul carioca. Além disso, gravações das câmeras de segurança mostraram um ex-segurança, Alejandro Triana Prévez, entrando e saindo da residência na noite do crime, conforme noticiou a imprensa à época.

Após Triana Prévez ser preso, o advogado do assassino de aluguel disse que Carrera Sikkema havia oferecido 200 mil dólares (cerca de R$ 975 mil na cotação de janeiro de 2024) pelo assassinato de Brent.