Antonio Augusto D?Angelo da Fonseca, um dos envolvidos na morte do policial civil da CoreReprodução

Rio - Agentes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) prenderam, na noite desta terça-feira (15), Antonio Augusto D'Angelo da Fonseca, um dos envolvidos na morte do policial civil João Pedro Marquini. Ele foi localizado em Copacabana, na Zona Sul, escondido no apartamento da mãe.
Antonio era um dos alvos da operação realizada na Ladeira dos Tabajaras, que tinha como objetivo capturar os responsáveis pelo assassinato do agente. Outro procurado, Walace Andrade de Oliveira, segue foragido.
Cinco suspeitos foram mortos durante a ação, entre eles Vinicius Kleber di Carlantonio Martins, conhecido como Cheio de Ódio, chefe do tráfico de drogas na região. Segundo as investigações, ele era o dono do carro usado na tentativa de assalto a Marquini, que estava junto com a mulher, a juíza Tula Corrêa de Mello.
Em coletiva, a Polícia Civil informou que o grupo saiu da comunidade dos Tabajaras para atacar milicianos no Antares, em Santa Cruz, Zona Oeste. No retorno, os criminosos planejaram roubar os veículos do casal para seguir viagem sem levantar suspeitas.
"O grupo que praticou esse homicídio sai do Tabajaras para dar um ataque em Antares. Na volta, no intuito de trocar de veículos, tendo em vista que o carro deles estava alvejado, eles tentam roubar os carros onde estavam a Tula e o Marquini", detalhou o delegado Rômulo Coelho, titular da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC).
O carro usado no crime foi encontrado horas depois na comunidade Cesar Maia, em Vargem Grande, com placas clonadas. A ofensiva contra a milícia foi ordenada por Ronaldinho Tabajara, que controla o tráfico na região, e executada por Vinicius Kleber, segundo a polícia.
Entenda o caso
João Pedro era lotado na Coordenadoria de Recursos Especiais e casado com a juíza Tula Mello. Em uma publicação nas redes sociais, a magistrada contou que ele agiu para salvá-la durante a tentativa de assalto e não chegou a atirar contra os criminosos, antes de ser baleado com cinco tiros de fuzil. No momento do crime, a vítima estava em um veículo logo atrás da mulher, que também teve o carro atingido.
O automóvel da juíza, que atua no III Tribunal do Júri, era blindado e ela não ficou ferida. Na sequência, os bandidos fugiram em direção à comunidade César Maia, em Vargem Pequena, região que vive uma disputa de território entre traficantes do Comando Vermelho (CV) e milicianos. Um veículo que teria sido usado pelos bandidos foi apreendido no local, com diversas marcas de tiros, além de vidros quebrados.