Incêndio seguido de explosão começou por volta das 7h25 e demorou cerca de quatro horas para ser controlado Foto Divulgação

Rio - O Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF) divulgou, nesta terça-feira (22), relatos de trabalhadores que estavam na plataforma PCH-1, na Bacia de Campos, que pegou fogo na manhã desta segunda-feira. As circunstâncias e causas do acidente que deixou ao menos 14 feridos estão sendo investigadas por uma comissão formada pela Petrobras.
De acordo com os petroleiros ouvidos pelo sindicato, que não tiveram as identificações divulgadas, o incêndio começou em um dos decks de produção localizado abaixo do casario, onde ficam os camarotes e locais de alimentação dos trabalhadores. Por volta das 7h20, um funcionário escutou uma explosão forte pouco depois de deixar o local e sentiu que o piso estava esquentando. Nesse momento, o alarme começou a soar.
O trabalhador contou que decidiu correr no sentido contrário da fumaça, mas encontrou outros colegas que afirmaram que o fogo estava no sentido para onde ele estava indo. O grupo atravessou a fumaça e chegou ao ponto de encontro, onde permaneceu até o desembarque, enquanto a brigada de incêndio combatia as chamas. O trabalho de contenção das chamas durou cerca de quatro horas.
Um outro petroleiro afirmou que, durante a fuga, encontrou uma saída de emergência que estava interditada e precisou passar por outra rota, em maio às chamas.
A Petrobras divulgou que 14 funcionários ficaram feridos, sendo que oito seguem internados com quadro de saúde estável. O Sindipetro-NF alega que 14 trabalhadores tiveram queimaduras, enquanto outros 18 foram vítimas por inalação de fumaça, totalizando 32 feridos.
No momento do acidente, 176 petroleiros trabalhavam na plataforma. Um dos feridos chegou a cair no mar durante a explosão, mas foi resgatado. A Petrobrás informou que este funcionário teve queimaduras leves e recebeu atendimento de forma consciente em embarcação de apoio, sendo encaminhado ao hospital em seguida.
Em nota, a Petrobras reforçou que a plataforma atingida foi PCH-1 não produz petróleo desde 2020. O incidente aconteceu a cerca de 130 km da costa de Macaé.
"As pessoas que estão a bordo de PCH-1 estão bem e as equipes não essenciais serão preventivamente desembarcadas para que a integridade das instalações seja avaliada. Uma comissão será formada para apurar as causas do incidente", informou em comunicado.