Raphael Pinto Ferreira Gedeão tornou réu por homicídio triplamente qualificadoDivulgação
Justiça torna réu policial civil que matou assessor parlamentar na Barra
Raphael Pinto Ferreira Gedeão atirou três vezes contra Marcelo dos Anjos em janeiro deste ano
Rio - A Justiça do Rio tornou o policial civil Raphael Pinto Ferreira Gedeão réu por homicídio triplamente qualificado. Ele está preso há quatro meses e é acusado de matar o assessor parlamentar Marcelo dos Anjos Abitan da Silva em frente a um hotel na Barra da Tijuca, na Zona Oeste, no dia 19 de janeiro.
Na decisão, publicada no último dia 2, a juíza Lucia Mothe Glioche, da 4ª Vara Criminal, também manteve a prisão preventiva do réu. "O fato imputado ao acusado ostenta gravidade concreta, tendo gerado repercussão no local onde ocorreu, o que torna importante a segregação para a garantia da ordem pública", escreveu a magistrada. A primeira audiência de instrução e julgamento foi marcada para o dia 23 de junho, às 15h30.
De acordo com a denúncia do Ministério Público do Rio (MPRJ), o policial matou a vítima com três tiros, por motivo fútil e sem que a mesma pudesse se defender, sendo atingida por disparos feitos a curta distância e pelas costas. Além disso, Raphael usou uma arma de uso privativo em serviço.
Relembre o caso
Ao chegar no hotel, Marcelo encontrou o carro de Raphael parado na rampa de acesso ao estacionamento, impedindo a passagem. Um funcionário relatou à Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) que, por volta das 3h, ouviu um barulho constante de buzina vindo do veículo do assessor. Pouco depois, Raphael apareceu e informou ao funcionário que o carro parado pertencia a ele e, ao chegar ao estacionamento, começou a discutir com a vítima.
Marcelo, que estava dentro do próprio veículo, decidiu descer e foi em direção ao agente, que atirou contra ele. A testemunha contou que não viu agressão por parte da vítima, que havia apenas se aproximado do acusado. Um outro funcionário do hotel relatou que, após o primeiro disparo do policial, Marcelo levantou os braços e disse: "Não, não, tá bom, tá bom", mas outros três ou quatro tiros ainda foram ouvidos
Ainda de acordo com a denúncia, Raphael não prestou socorro, foi ao apartamento onde morava, trocou de roupa e saiu de carro, arrebentando a cancela do estacionamento. As investigações apontaram que o policial estava hospedado em um imóvel que pertence a uma filha do bicheiro Marcelo Simões Mesqueu, conhecido como Marcelo Cupim.
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