Atlas da Violência aponta aumento do índice de homicídios no estado do Rio de JaneiroArquivo/Agência O Dia
Rio - Enquanto o Brasil registra queda de 1,4% nas mortes violentas entre 2022 e 2023, o Rio de Janeiro segue em sentido oposto. O estado teve um aumento de 14,1% nos homicídios, segundo o Atlas da Violência 2025, divulgado na manhã desta segunda-feira (12) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). Foram 4.292 ocorrências em 2023, contra 3.762 em 2022.
Na comparação por 100 mil habitantes, o panorama também é desfavorável: enquanto o índice nacional caiu 2,3%, o território fluminense apresentou alta de 13,6%. De acordo com o Ipea, responsável pelo estudo, o crescimento expressivo está ligado à subnotificação de mortes em 2022 e à inclusão de dados mais precisos no levantamento de 2023.
Para explicar a redução geral da violência letal no país, o órgão aponta outros fatores, como:
- Continuidade da transição demográfica e o envelhecimento populacional, mais avançados nas regiões Sudeste e Sul
- Trégua entre as duas maiores facções criminosas do país
- Avanço de políticas públicas de segurança, com foco em planejamento, resultados, uso de inteligência e ações preventivas, em contraste com a estratégia tradicional centrada apenas no policiamento ostensivo
Mortes violentas por causa indeterminada
O levantamento também concluiu que o Rio de Janeiro concentra um dos maiores índices de pessoas que morreram de forma violenta sem que o Estado conseguisse identificar a causa básica do óbito: se decorrente de acidentes, suicídios ou homicídios. São as chamadas mortes violentas por causa indeterminada (MVCI).
Para explicar a redução geral da violência letal no país, o órgão aponta outros fatores, como:
- Continuidade da transição demográfica e o envelhecimento populacional, mais avançados nas regiões Sudeste e Sul
- Trégua entre as duas maiores facções criminosas do país
- Avanço de políticas públicas de segurança, com foco em planejamento, resultados, uso de inteligência e ações preventivas, em contraste com a estratégia tradicional centrada apenas no policiamento ostensivo
Mortes violentas por causa indeterminada
O levantamento também concluiu que o Rio de Janeiro concentra um dos maiores índices de pessoas que morreram de forma violenta sem que o Estado conseguisse identificar a causa básica do óbito: se decorrente de acidentes, suicídios ou homicídios. São as chamadas mortes violentas por causa indeterminada (MVCI).
Em 2023, o estado do Rio teve 122 casos. Já em 2022 o número foi bem maior, sendo registrado 843 homicídios ocultos. O fenômeno não é aleatório e está concentrado em alguns estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia possuem 66,4% das MVCIs.
Indicadores em que o RJ se destaca negativamente
O levantamento também revelou que o Rio teve crescimento acima da média nacional em vários recortes populacionais.
1- Número de homicídios de negros: aumento de 13,6% (3.195 mortes), enquanto o país registrou queda de 2,7%.
2- Número de homicídios de mulheres: alta de 28,6% (334 mortes); no restante do Brasil, o índice permaneceu estável (0%).
3- Número de homicídios de jovens de 15 a 29 anos: crescimento de 9,9% (2.101 mortes), ante uma redução de 3,2% no cenário nacional.
4- Número de homicídios de crianças de 0 a 4 anos: elevação de 83,3% (24 mortes), o maior aumento entre os estados. A média brasileira também subiu em 20%.
Indicadores em que o RJ se destaca negativamente
O levantamento também revelou que o Rio teve crescimento acima da média nacional em vários recortes populacionais.
1- Número de homicídios de negros: aumento de 13,6% (3.195 mortes), enquanto o país registrou queda de 2,7%.
2- Número de homicídios de mulheres: alta de 28,6% (334 mortes); no restante do Brasil, o índice permaneceu estável (0%).
3- Número de homicídios de jovens de 15 a 29 anos: crescimento de 9,9% (2.101 mortes), ante uma redução de 3,2% no cenário nacional.
4- Número de homicídios de crianças de 0 a 4 anos: elevação de 83,3% (24 mortes), o maior aumento entre os estados. A média brasileira também subiu em 20%.
Sobre o FBSP
O Fórum Brasileiro de Segurança Pública foi constituído em março de 2006 como uma organização não-governamental, apartidária e sem fins lucrativos, cujo objetivo é construir um ambiente de referência e cooperação técnica na área de atividade policial e na gestão de segurança pública em todo o País.
O Fórum Brasileiro de Segurança Pública foi constituído em março de 2006 como uma organização não-governamental, apartidária e sem fins lucrativos, cujo objetivo é construir um ambiente de referência e cooperação técnica na área de atividade policial e na gestão de segurança pública em todo o País.
Composto por profissionais de diversos segmentos (policiais, peritos, guardas municipais, operadores do sistema de Justiça criminal, pesquisadores acadêmicos e representantes da sociedade civil), o FBSP tem por objetivo o aprimoramento técnico da atividade policial e da governança democrática da segurança pública. O FBSP faz uma aposta radical na transparência e na aproximação entre segmentos enquanto ferramentas de prestação de contas e de modernização da segurança pública.
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