Mariana Marins (de boné) esteve no IML para acompanhar a necropsia no corpo da irmãReprodução

Rio - A Polícia Civil concluiu, na manhã desta quarta-feira (2), a necropsia no corpo da publicitária Juliana Marins, que morreu ao cair em uma trilha na Indonésia. O exame começou às 8h30, foi acompanhado por um representante da família e durou menos de duas horas e meia. De acordo com a corporação, o laudo preliminar deve ser entregue em até sete dias.
A necropsia foi realizada por dois peritos legistas da Polícia Civil e observada por um perito médico da Polícia Federal.
A irmã de Juliana, Mariana Marins, chegou por volta das 9h50 no IML. Com o rosto coberto por um boné e acompanhada de outra mulher, ela seguiu para acompanhar a autópsia e não conversou com a imprensa. Com a conclusão do exame, o corpo será liberado para a família. 
A urna funerária da jovem desembarcou no Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão, na Ilha do Governador, Zona Norte, na noite desta terça-feira (1°). O transporte aconteceu por um avião da Força Aérea Brasileira (FAB), que partiu do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo. O traslado internacional teve início na segunda-feira (30).

O pedido para um segundo exame cadavérico partiu da família da jovem e da Defensoria Pública da União (DPU), sendo acolhido pela Advocacia-Geral da União (AGU). A solicitação foi motivada pelo laudo da autópsia realizada na Indonésia, que concluiu que Juliana morreu em decorrência de uma hemorragia causada por danos a órgãos internos e fraturas ósseas, mas não esclareceu o momento da morte.
Segundo os legistas, os ferimentos foram provocados por traumas por contusão, ocorridos algumas horas antes do resgate do corpo. O documento explica que depois do início da hemorragia, a morte levou menos de 20 minutos para ocorrer. A equipe também descartou que tenha sido provocada por hipotermia, porque não há sinais de lesões teciduais nos dedos.

A DPU ainda pediu que a Polícia Federal investigue a morte da brasileira, para saber se houve omissão por parte das autoridades do país asiático e assegurar a correta apuração do caso.
Relembre o caso
Juliana fazia uma trilha no Monte Rinjani, no dia 21, quando caiu em um penhasco do vulcão. Desde então, houve grande expectativa sobre o resgate dela, que só era vista por imagens feitas por um drone. Em uma das tomadas, ela ainda se mexia. Apenas no dia 24, equipes de socorro confirmaram a morte da moradora de Niterói, a Região Metropolitana.
Durante o intervalo entre a notícia da queda e o resgate, a família reclamou da demora em iniciar os trabalhos de busca. O corpo só foi resgatado no dia 25 e, para a família, houve negligência.
Segundo a Agência Nacional de Busca e Resgate da Indonésia, a brasileira não foi resgatada a tempo por conta das condições meteorológicas, terreno complicado e problemas na logística das operações de socorro.