Carro que Luan Plácido dirigia acertou quatro pessoas na Estrada dos BandeirantesReprodução

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Rio - Um ex-jogador do Botafogo foi preso em flagrante depois de atropelar três ciclistas e um pedestre, na manhã desta sexta-feira (8), em Vargem Grande, na Zona Oeste. A prisão ocorreu por desacato e dano ao patrimônio público após ofensas e agressão a policiais, além de chute a uma viatura. Duas vítimas tiveram ferimentos graves.
Luan Plácido Moreira da Costa, de 21 anos, que atuou na base do Botafogo em 2023, dirigia um veículo e acertou quatro pessoas na Estrada dos Bandeirantes, por volta das 7h30. O jovem permaneceu no local e acionou o Corpo de Bombeiros.
As vítimas foram socorridas e encaminhadas para o Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, ainda na Zona Oeste. Equipes do quartel do Recreio e de Jacarepaguá atuaram na ocorrência.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Wendell de Almeida, de 28 anos, e José Cassiano, de 22, possuem quadro estável. Já Ariana da Silva, 51, e uma segunda mulher, ainda não identificada, estão em estado grave.
Policiais do 31º BPM (Recreio dos Bandeirantes) estiveram no local e detiveram o motorista para ele prestar depoimento em uma delegacia.
De acordo com a Polícia Civil, durante o caminho para a 42ª DP (Recreio dos Bandeirante), Luan apresentou um comportamento agressivo, proferiu ofensas e xingamentos aos agentes e chutou o interior da viatura da Polícia Militar, que danificou o vidro interno do veículo, tendo que ser contido pelos policiais.
A corporação informou que o jovem, já na delegacia, tentou novamente agredir os agentes. Inclusive, deu uma cabeça em um PM. Diante disso, ele foi preso em flagrante por desacato e dano ao patrimônio público.
Luan passará por exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) para havia efeito de drogas ou álcool, ou se ele estava em surto psicótico.
A investigação segue em andamento para esclarecer a dinâmica do acidente.
Outro ex-jogador do Botafogo já foi condenado
O lateral Márcio Almeida de Oliveira, conhecido como Marcinho, foi condenado, em 2023, a três anos e seis meses de prisão em regime aberto pelo atropelamento que matou os professores Maria Cristina José Soares e Alexandre Silva de Lima. O caso aconteceu no fim de dezembro de 2020, quando o atleta atuava pelo Botafogo.
O casal atravessava a Avenida Lúcio Costa, na Zona Oeste do Rio, quando foi atingido. Segundo a denúncia do Ministério Público, minutos antes do atropelamento, Marcinho guiava o seu veículo, um Mini Cooper, em zigue-zague, na pista sentido Barra da Tijuca, numa velocidade compreendida entre 86km e 110km/h. A velocidade máxima permitida na via é de 70 km/h. Peritos atestaram a ingestão de álcool no lateral.
A perícia também concluiu que o casal atravessou em local impróprio, ou seja, fora da faixa de pedestre. Essa foi considerada uma das causas do atropelamento, além da velocidade do motorista.
Em 2021, o lateral chegou a um acordo para pagar R$ 200 mil aos quatro netos das vítimas (R$ 50 mil para cada) como indenização pelo acidente.
*Reportagem de Romulo Cunha e da estagiária Livia Mendes, sob supervisão