Mostra já atraiu mais de 35 mil pessoas desde que foi abertaReginaldo Pimenta / Agência O Dia

Rio - A sétima edição do Festival Museu Nacional Vive, na Quinta da Boa Vista, em São Cristóvão, atraiu centenas de famílias neste domingo (31). O evento gratuito teve como objetivo divulgar o acervo científico do Museu e mostrar os avanços na reconstrução do espaço, destruído por um incêndio em 2018 e reaberto após sete anos, no último dia 2 de julho.
O público conferiu a exposição "Entre Gigantes", dentro do Paço de São Cristóvão, onde estão o meteorito Bendegó, o esqueleto de um cachalote de mais de 15 metros e obras do artista indígena Gustavo Caboco. A mostra já atraiu mais de 35 mil pessoas desde que foi aberta.

Uma grande tenda foi montada do lado de fora do palácio, reunindo pesquisadores e estudantes da UFRJ. O grupo fez apresentações de 25 temas, como arqueologia, biodiversidade, taxidermia e línguas indígenas.

O grupo Capoeira com Ciência abriu o festival, enquanto o encerramento ficou por conta da roda de samba do Grupo Arruda. 

Também fizeram parte da programação visitas guiadas pela Quinta da Boa Vista, a exibição do documentário Resgate sobre o trabalho de recuperação do acervo e uma mostra fotográfica com imagens da reconstrução.

Uma edição especial da Feira Junta Local, com cerca de 40 expositores de comidas, bebidas e produtos artesanais, completou o domingo especial.

O advogado Adriano Paiva, de 44 anos, visitou o espaço junto com sua filha, Beatriz, 12. "Para mim e minha família, esse evento teve uma questão de retorno a uma vivência que nós tivemos no Museu antigamente, a gente visitava mais, e trazer minha filha para conhecer também. Foi querer fazer esse link do conhecimento, mostrar o que é, e reviver o que nós passamos aqui", contou o morador de Niterói.
Adriano confessou ter achado que a mostra aconteceu em um espaço pequeno, mas disse ter adorado a feirinha. "Quase tudo que tem exposto no museu estava na feirinha, com interação, toques, cheiros, visual, com explicação. Toda barraquinha tinha alguém da UFRJ explicando o que se tratava. Teve apresentação da capoeira com alusão aos animais empalhados que estavam em exposição. Foi bem legal, bem interativo", afirmou.
 
* Reportagem da estagiária Maria Clara Corrêa, sob supervisão de Raphael Perucci, e de Gabriel Salotti