Gugu Hawaiano foi preso durante operação da Polícia Civil na Cidade de DeusReprodução / Redes Sociais

Rio - Durante a operação da Polícia Civil na Cidade de Deus, na Zona Sudoeste, o dançarino Gugu Hawaiano, integrante do grupo Os Hawaianos, foi agredido e detido na tarde desta sexta-feira (19). Vídeos, que circulam nas redes sociais, mostram o artista com o rosto machucado após abordagem. Ele foi solto horas depois, após prestar depoimento na delegacia.
No momento em que Gugu era levado pelos policiais, moradores protestavam sobre a prisão, afirmando que ele se tratava de um comerciante da região. Nas imagens, é possível ver um bar que leva o nome do dançarino.
De acordo com testemunhas, uma bolsa com conteúdo ilícito foi jogada dentro do comércio de Gugu enquanto a operação estava em andamento na região. A polícia, então, teria interrogado o dançarino sobre o conteúdo da sacola e quem era seu dono, mas ele não soube responder. Este teria sido o momento em que ele foi supostamente agredido pelos agentes.
Ao DIA, Rafael Marcos dos Santos Polto, o Poltin, que também integra o grupo, disse que Gugu foi brutalmente agredido por policiais antes da prisão. Ele afirmou que o amigo é inocente e quando não está fazendo shows, está cuidando do bar.
"Ele nunca se envolveu com nada... com bandidos, com nada! E simplesmente isso aconteceu, trataram ele igual a um bandido. Bateram muito nele, muito mesmo. Eu conheço o Gugu, estou sempre com ele, praticamente todos os dias a gente trabalha junto. Ele tem um barzinho e a mulher dele tem uma lojinha de roupa na frente da casa deles. Ele está todo dia lá no bar, quando a gente não está fazendo show, tem vídeos dele nos shows. E semana que vem a gente tem show", contou.
Para Poltin, a situação é lamentável, ainda mais que Gugu é considerado muito próximo à família e tem um filho com autismo. "Ele tem um filho autista, que tem por volta de 10 anos, e um menor, que tem por volta de 7 anos. É lamentável", afirmou.