Corpos foram colocados no chão no Complexto da Penha, nesta quarta (29)Reginaldo Pimenta / Agência O Dia
Rio - O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) informou, nesta quarta-feira (29), que está acompanhando os desdobramentos da megaoperação policial nos Complexos do Alemão e da Penha, que deixou ao menos 119 mortos, sendo quatro policiais. A ação é a mais letal da história do Brasil.
A instituição, que acompanha os desdobramentos por meio do Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública (GAESP/MPRJ) e de seu Plantão de Monitoramento, atua para assegurar o cumprimento das diretrizes fixadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na ADPF 635, que disciplina operações policiais em comunidades do Estado.
Em comunicado, o MPRJ informou ainda que técnicos periciais foram enviados ao Instituto Médico-Legal (IML) para a realização de perícia independente. As informações referentes aos desdobramentos da operação foram encaminhadas pelo Plantão de Monitoramento para a análise da 5ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Especializada do Núcleo Rio de Janeiro.
O procurador-geral de Justiça, Antonio José Campos Moreira, mantém contato permanente com as equipes em atuação e segue em monitoramento contínuo da situação.
Segundo o balanço das forças de segurança, 58 pessoas morreram nesta terça-feira (28), dia da operação. Entre elas, estavam 54 suspeitos e quatro policiais. Na madrugada e ao longo da manhã desta quarta-feira (29), 61 corpos foram retirados de área de mata da Vacaria, na Serra da Misericórdia, e levados para a Praça São Lucas, na Estrada José Rucas, na Penha.
Além dos mortos, 113 pessoas foram presas, sendo 33 de outros estados. Durante a ação, os agentes apreenderam 118 armas. Desse total, 91 eram fuzis.
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