Ceasa de Irajá permanece sem limpeza adequada e com forte odor quase uma semana após incêndioÉrica Martin/Agência O Dia
A equipe do jornal O DIA esteve no Centro de Abastecimento na tarde desta terça-feira (9) e presenciou as condições insalubres. O odor de alimentos deteriorados era intenso e vinha principalmente das áreas queimadas, onde produtos estragados seguem armazenados bem próximos dos alimentos em bom estado.
A reportagem de O DIA também flagrou um pequeno foco de fumaça em um dos boxes afetados. Logo à frente, um caminhão trabalhava na remoção das estruturas metálicas que desabaram durante o incidente. Apesar da operação de retirada, comerciantes afirmam que o problema mais urgente é a limpeza dos boxes atingidos, que, segundo eles, não tem sido realizada de forma adequada pelos órgãos públicos.Caminhão remove estruturas metálicas que desabaram no incêndio do Ceasa de Irajá, há seis dias. Na tarde desta terça (9), O DIA flagrou ainda um pequeno foco de fumaça em um dos boxes destruídos.
— Jornal O Dia (@jornalodia) December 9, 2025
Crédito: Érica Martin/Agência O Dia pic.twitter.com/iqzqQmlPOY
Um dos lojistas, que preferiu não se identificar, disse que muitos comerciantes possuíam mais de uma loja e têm operado provisoriamente nos espaços que não foram afetados pelas chamas. "Quem tinha outra loja está tentando se virar. Mas quem não tinha opção precisou fechar e demitir funcionários", afirmpou.
Ele afirmou ainda que a previsão de recuperação do espaço em seis meses preocupa os trabalhadores, que acreditam que a reconstrução pode levar ainda mais tempo. "O local continua insalubre. Ainda há foco de fogo e fumaça, mesmo com a diminuição nos últimos dias. A gente não vê sinais de recuperação rápida", desabafou o comerciante.
Os lojistas pedem por ações mais efetivas de limpeza, fiscalização e apoio para retomarem suas atividades com segurança. Eles afirmam que a Vigilância Sanitária sequer compareceu ao local após o incidente.
"A Ceasa/RJ também informa que o líquido observado no solo não é chorume, mas sim óleo proveniente de lojas e de caminhões atingidos pelo incêndio, e que sua remoção está sendo feita de forma contínua, conforme o trabalho de avança com segurança. A retirada é realizada diariamente com o uso de equipamentos como retroescavadeiras para acelerar o processo de limpeza pesada. Paralelamente, a brigada de incêndio da Ceasa/RJ permanece em funcionamento 24 horas, realizando o rescaldo e monitorando focos ainda ativos, o que explica a presença de fumaça e odor característico", informou a administração por meio de nota.
Ainda segundo o órgão, a segurança no entorno está reforçada com a presença de policiais do Programa Estadual de Integração na Segurança (Proeis) e de vigilantes da segurança privada.
O Ivisa-Rio não recebeu chamados via Central de Atendimento 1746 em relação às denúncias mencionadas. Vale ressaltar que a Ceasa é gerenciada pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro, que, por sua vez, inspeciona estabelecimentos de sua competência."























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