Rodrigo Bacellar não poderá ocupar cargo de presidente na Alerj Arquivo/ Agência O Dia
Rio - Rodrigo Bacellar (União Brasil) foi afastado do cargo de presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), mas seguirá exercendo o mandato como deputado estadual. Isso porque, entre as medidas cautelares impostas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta terça-feira (9), está apenas a suspensão da função na presidência durante o andamento das investigações da Polícia Federal. Com o afastamento, o vice-presidente da Casa, Guilherme Delaroli (PL), continua no comando da Alerj.
Na decisão que concede liberdade preventiva a Bacellar, Moraes determina que o parlamentar deverá permanecer em casa das 19h às 6h. No entanto, ele poderá ultrapassar o horário do recolhimento domiciliar noturno de segunda a sexta-feira, excepcionalmente, caso precise participar de sessões ou votações da Casa. Nessas situações, o deputado deverá justificar o comparecimento ao STF, de forma comprovada, em até 24 horas.
Além do afastamento da presidência e do uso da tornozeleira eletrônica, o STF impôs outras restrições ao parlamentar. Bacellar está proibido de se comunicar com outros investigados, deverá entregar o passaporte e teve a licença de porte de arma suspensa.
Além do afastamento da presidência e do uso da tornozeleira eletrônica, o STF impôs outras restrições ao parlamentar. Bacellar está proibido de se comunicar com outros investigados, deverá entregar o passaporte e teve a licença de porte de arma suspensa.
A determinação pela soltura do parlamentar se deu após a Alerj se posicionar favorável à libertação de Bacellar. Ao todo, 42 deputados estaduais votaram pela soltura do colega de plenário, enquanto 21 foram contra o relaxamento da prisão.
Preso por vazar informações sigilosas
O deputado estadual era alvo da Operação Unha e Carne contra vazamento de informações sigilosas de uma investigação que prendeu o então parlamentar Thiego Raimundo dos Santos Silva, o TH Joias, em setembro.
De acordo com a PF, a ação mira agentes públicos envolvidos no vazamento que levou à obstrução da investigação da Operação Zargun, que prendeu TH Joias, por usar o mandato de deputado estadual, do qual foi destituído, para intermediar a compra e venda de drogas, fuzis e equipamentos antidrones destinados a comunidades controladas pelo Comando Vermelho (CV).
De acordo com a PF, a ação mira agentes públicos envolvidos no vazamento que levou à obstrução da investigação da Operação Zargun, que prendeu TH Joias, por usar o mandato de deputado estadual, do qual foi destituído, para intermediar a compra e venda de drogas, fuzis e equipamentos antidrones destinados a comunidades controladas pelo Comando Vermelho (CV).
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