Terreno baldio e abandonado em São Gonçalo: um convite à dengueDivulgação/Ascom

São Gonçalo - Um terreno abandonado que fica atrás da Unidade de Saúde da Família Madre Teresa de Calcutá, na Estrela do Norte, vem sendo motivo de apreensão para moradores locais. O motivo para tanta preocupação é que a área, coberta por um matagal enorme, tem sido um convite para o Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, se procriar em São Gonçalo. Uma das vítimas foi uma estudante que, com dengue hemorrágica, precisou ser internada.
A estudante picada pelo mosquito transmissor da dengue é Luana Gomes dos Santos Alves Rabelo, de 27 anos. A jovem, que cursa Medicina Veterinária, teve dengue no começo de janeiro, passou quatro dias internada e tem certeza que o mosquito que a picou veio do terreno abandonado.
"O terreno é da Prefeitura e o pessoal vem e corta o mato. No dia 31 de dezembro de 2023, comecei a ter febre de 39 graus, achei que era um resfriado ou Covid-19, continuei com febre até o dia 2 de janeiro de 2024. Resolvi ir na UPA. Relatei meu caso para o médico e o mesmo me disse que era para retornar para casa e usar dipirona, visto que estava muito recente e não tinha como saber o que eu tinha. Dois dias depois, retornei e a médica pediu um exame de sangue, onde constatou que eu estava com dengue e que minhas plaquetas estavam em 47 mil, sendo que o mínimo é 150 mil. Ela pediu que eu retornasse para minha residência e fizesse repouso, hidratação e dipirona em caso de dor, mas que era para retornar no dia 7. Comecei a sangrar e voltei lá, meus exames pioraram, então ela decidiu me internar. Fiquei quatro dias no hospital, recebi uma bolsa de plaqueta, fui curada e voltei para casa", disse Luana.
Já Nathália Martins Sodré Gomes, de 35 anos, esposa de Luana, diz que o terreno abandonado é da Prefeitura de São Gonçalo.
"Há muito tempo atrás, morava um casal com os filhos neste terreno. Como eles não pagaram o IPTU, acabaram perdendo o imóvel. Lembro disto, pois era criança na época. O terreno ficou vazio por muito tempo, até que a Prefeitura alugou o espaço, e construiu o posto de saúde, em 2002, ano de inauguração, se não estiver enganada. No local, existiam muitas árvores que foram arrancadas e o terreno era conservado e vivia sendo limpo. Hoje em dia, eles passam aquela máquina que corta mato e não fazem mais nada", disse Nathália.