Paciente recebe estimulação magnética transcraniana enquanto médico comanda ações pelo computador - Reprodução/Youtube
Paciente recebe estimulação magnética transcraniana enquanto médico comanda ações pelo computadorReprodução/Youtube
Por *Felipe Rebouças

Rio - Sentir dor não é normal. E para alcançar o alívio, ou até mesmo cessar esses incômodos, pacientes recorrem a tratamentos especiais. Em clínicas particulares e pelo SUS já é possível aliar medicamentos à equipamentos e recursos de alta tecnologia. O Cool-Pulse, por exemplo, massageia os músculos, relaxando-os, melhorando também o fluxo sanguíneo. Injeções de toxina botulínica (botox) e lidocaína também prometem um bom resultado, pois bloqueiam os estímulos nervosos gerando um efeito anestésico e duradouro no paciente.

Na cidade do Rio, a Clínica da Dor do Hospital Universitário Pedro Ernesto, em Vila Isabel, conta com 18 especialistas e atende 400 pessoas por mês no combate à dor. A entrada para esse serviço começa pela triagem, e o paciente entra na fila de espera do Sisreg. Lá são oferecidos serviços gratuitos de anestesiologia, neurologia, psiquiatria, psicologia, fisioterapia, educação física e acupuntura. "Nosso grande diferencial é a interdisciplinaridade. Tratamos da dor através de diferentes perspectivas, isso enriquece o serviço prestado e quem ganha é o paciente", afirma a médica acupunturista Maria Emília Mattos.

Levantamento da Sociedade Brasileira do Estudo da Dor (SBED) mostra que das 990 pessoas entrevistadas na última pesquisa, em 2017, 42% admitiram ter alguma dor crônica. São incômodos sentidos lentamente, mas que, após três meses, entram na rotina do paciente. A prevalência é entre as mulheres, que se queixam principalmente de dores difusas, em várias regiões do corpo. Já a dor nas costas é a mais comum entre os homens. "É muito importante que, a partir da detecção, um médico seja procurado para evitar que uma simples dor gere algo mais grave", aconselha Norma Fleming, da SBED.

No mercado de combate à dor, a toxina botulínica (botox) e a lidocaína custam, em média, R$ 2 mil. Para quem não gosta de receber agulhadas, as estimulações magnéticas transcranianas agem sobre o sistema nervoso central, induzindo a liberação de substâncias analgésicas do próprio organismo. Estima-se que o valor desse procedimento é de R$ 600. Já o Cool-Pulse está na faixa dos R$ 500.

Diferentemente dos opiáceos - espécie de morfina oferecida pelo SUS -, os opioides são adesivos analgésicos utilizados para dores musculares e neuropáticas. Sua ação atinge todas as partes do corpo e a transmissão ocorre através da pele. Cada pacote com 12 unidades custa cerca de R$ 30. As terapias alternativas são muito procuradas pelos pacientes e, no SUS, mais de 30 técnicas estão disponíveis de graça, como a acupuntura, que consiste no estímulo de pontos espalhados pelo corpo e a quiropraxia, que utiliza massagens para corrigir estímulos nervosos em várias partes do corpo.

*Estagiário sob supervisão de Angélica Fernandes

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