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Ao longo do tratamento da Doença de Alzheimer, um pilar deve se manter inabalável: a família. O suporte familiar é muito importante para o bem-estar do paciente, mas ainda é preciso desmistificar alguns conceitos sobre a demência.

"Durante o processo de identificação da doença, o mais difícil é fazer a família compreender que o paciente não está agindo dessa forma porque quer, e sim porque tem uma condição que evolui progressivamente", explicou Roberta França. Ela ainda bate o martelo: se a família não compreende a condição do paciente, não tem como dar prosseguimento ao tratamento.

Por outro lado, a aceitação do diagnóstico da doença também afeta muito o emocional dos familiares. "Quando tem afeto envolvido, é muito triste perceber que seu pai ou sua mãe não te reconhece. Essa família precisa muito de assistência também", reforçou a geriatra que, no acompanhamento, também disponibiliza suporte às famílias para dar conta da doença.

O tempo de vida dos pacientes também é medido através do suporte que recebem dos mais próximos. Roberta comenta que se a pessoa com Alzheimer é bem tratada consegue viver até 20 anos após o diagnóstico. Já nos piores quadros, pode-se viver entre seis meses e quatro anos.

Com tratamento restrito no SUS, famílias que não têm condição financeira de arcar com os gastos no sistema particular ficam desassistidas. Um dos espaços que apresenta uma estrutura mais democrática é a Associação Brasileira de Alzheimer, mas em caso de urgência familiares devem judicializar o auxílio.

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