HSJB será totalmente reformado em 2023, com melhorias no prédio e transformação da unidade em hospital cirúrgicoArquivo/Secom PMVR

Volta Redonda - O Hospital São João Batista (HSJB), em Volta Redonda, alcançou 4.100 cirurgias realizadas em 2022, entre eletivas (aquelas que não são consideradas de emergência) e de urgência, um recorde da unidade médica - que antes era de 3,6 mil. A expectativa é que este número chegue a 4,2 mil até o fim do ano. A marca foi possível graças ao investimento em tecnologia, que diminui o tempo de internação de pacientes, possibilitando o aumento no número de cirurgias. O HSJB é referência no interior do estado em traumato-ortopedia, neurocirurgias e procedimentos urológicos e de tórax.
O feito é ainda mais expressivo devido às restrições provocadas pelos protocolos de segurança contra a Covid-19, ocasionadas pelo aumento de casos da doença em fevereiro e novembro, que causaram a desmarcação de cirurgias e o adiamento de alguns procedimentos.
O diretor-geral da unidade, Sebastião Faria, lembrou que desde 2021, mutirões de cirurgias urológicas estão sendo realizados e este ano, procedimentos de artroplastia de joelho, de quadril e videoartroscopia foram retomados para pacientes que aguardavam há quatro anos.
“Adquirimos um equipamento de videolaparoscopia, que atende as cirurgias de tórax, artroscopia, urologia e cirurgia geral. A aparelhagem permite cirurgias menos invasivas para os pacientes, diminuindo o tempo de internação e possibilitando um maior número de procedimentos cirúrgicos, além de dar mais segurança aos profissionais de saúde”, apontou Faria.
O ortopedista e diretor-médico do hospital, Flávio Reis, destacou os investimentos que vêm sendo feitos, tanto na aquisição de insumos básicos (medicamentos) como na modernização do centro cirúrgico, equipamentos e no investimento em profissionais.
“Reestruturamos o hospital, pois recebemos ele sucateado. Todos esses investimentos buscam melhorar a qualidade de vida dos pacientes, diminuir o tempo de recuperação, internação e consequentemente temos uma queda no índice de mortalidade. Hoje, a cirurgia de fratura de fêmur, que é algo comum em idosos, por exemplo, é feita em média em até 48 horas. Destacamos uma equipe de profissionais e a deixamos de sobreaviso para realizar as cirurgias fora do horário convencional. Um paciente idoso que ficava internado, em média, 14 a 15 dias, aumentando o risco de complicações e comorbidades, hoje fica em torno de cinco dias, o que para o paciente é um ganho muito significativo”, disse Flávio, citando que o HSJB realiza aproximadamente 13 cirurgias de fratura do fêmur por mês.
Reis citou também outros avanços que permitiram, segundo ele, zerar a fila de espera por cirurgias urológicas e promover ações inéditas em um hospital público do interior do estado do Rio, como as de correção da escoliose idiopática, através do projeto “Coluna Reta”.
“É um projeto pioneiro da prefeitura que beneficia crianças e adolescentes. Ao todo foram 14 cirurgias realizadas, o que é bastante significativo, visto a complexidade do procedimento. Nenhum hospital público do interior faz este tipo de cirurgia e contamos com uma equipe totalmente capacitada. Temos obtido ótimos resultados”, afirmou.
HSJB será totalmente reformado a partir de 2023
O HSJB será totalmente reformado, com melhorias no prédio existente e a transformação da unidade em um hospital cirúrgico. O investimento ocorre por meio da parceria entre a prefeitura de Volta Redonda e o Governo do Estado, que liberou mais de R$ 31 milhões para as melhorias. A previsão é que as obras tenham início entre janeiro e fevereiro do ano que vem.
O projeto prevê a construção de quatro andares, com dois deles para estacionamento. Nesta nova estrutura um dos pavimentos abrigará o centro cirúrgico, o centro de material e esterilização (CME) e a unidade de internação pós-cirúrgica com 10 leitos; este bloco será interligado ao primeiro pavimento do atual hospital. Acima dele, serão construídas a nova UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) com 20 leitos e uma UCI (Unidade de Cuidados Intermediários) com 10 leitos interligados ao 2° piso do atual prédio. Haverá uma nova rampa ligando os andares e dois elevadores.
Os setores de Nutrição, Administração e Urologia também serão ampliados. Esse último irá para um novo setor. A farmácia também será em uma nova área, de modo a atender a RDC 50 e 36, normas da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). O almoxarifado terá três pavimentos, interligados por um elevador monta-carga. Uma central de tratamento de esgoto também será construída para atender às normas ambientais vigentes. A recepção principal será ampliada e um banheiro com acessibilidade será construído. Toda unidade atenderá às resoluções pertinentes a estabelecimentos de saúde.
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