Por bianca.lobianco
Rio - Thainá da Silva Pinto confessou, durante depoimento à delegada Elen Souto, da Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA), ter sequestrado, tentado forçar um parto e assassinado Rayanne Christini Costa Ferreira, de 22 anos. A vítima estava desaparecida desde 13 de dezembro, dia em que se encontrou com a suspeita na Central do Brasil, em caso revelado pelo DIA.
Traços de sangue foram identificados na casa onde ocorreu o crimeDivulgação

Presa desde o dia 20, Thainá indicou os locais onde foram depositados os corpos de Rayanne e da criança. Equipes da DDPA seguiram para os pontos indicados e localizaram, em uma mochila jogada em um terreno baldio em Guapimirim, na Baixada Fluminense, o corpo da mulher. Em um outro terreno, mais próximo à casa onde a suspeita morava com o marido, Fábio Luiz Souza Lima, de 27 anos, em Magé, o corpo da criança foi encontrado, acondicionado em uma sacola cor de rosa.

Uma equipe da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) compareceu ao local e foi realizada perícia em ambos os locais, com o apoio do Instituto Médico Legal. Os restos mortais foram encaminhados ao IML.

Rayanne Christini, a vítimaReprodução Facebook

Na segunda-feira, a nova perícia feita na "Casa dos Horrores" — como está sendo chamado o local onde Rayanne foi morta — havia constatado a presença de sangue humano no quarto, na cozinha e no vestido da vítima achado numa lixeira.

Para conseguir provas do crime, peritos usaram luminol, produto químico que detecta sangue mesmo se o local for limpo. Na residência, viviam Thainá e Fábio. O material foi enviado para exame de DNA, que vai constatar se o sangue é mesmo de Rayanne.

A Polícia Civil divulgou fotos da casa. Nas imagens, é possível verificar o lixo queimado junto com, segundo a polícia, a roupa, os ossos e os restos mortais da vítima. Rayanne desapareceu no último dia 13, após sair de casa para buscar doações de roupas com Thainá.

Segundo as investigações, Thainá tramou o crime para ficar com o bebê, já que, por conta de uma síndrome do ovário policítico, não pode engravidar. Ela simulou uma gravidez e procurou nas redes sociais por uma vítima. Encontrou Rayanne e conseguiu atrai-la para um encontro. Na Central, a vítima entrou no carro da suspeita e foi sequestrada e, depois, morta.