Por rafael.nascimento
Rayanne está grávida de sete meses do segundo filhoReprodução Facebook

Rio - O deputado Marcelo Freixo (Psol), presidente da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) conversou, no final da manhã deste sábado, com familiares de Rayanne Christini, de 22 anos, grávida de sete meses, que está desaparecida desde o último dia 13, após sair para receber roupas e fraldas para a filha que está prestes a nascer. Por telefone, o político deu todo apoio ao parentes e reafirmou que a comissão vai atuar no caso junto à Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) para cobrar mais agilidade a respeito do sumiço da moça. Durante a conversa, o político reafirmou que "a dignidade não pode depender da cor da pele, da religião, fama ou dinheiro que a pessoa tenha".

Nesta sexta-feira, a Polícia Civil, enfim, confirmou que deteve na terça-feira, a suspeita de ter raptado a vítima. Thainá da Silva Pinto, 21, foi presa em casa, em Magé, na Região Metropolitana do Rio, mas não revelou o paradeiro da vítima. Com base em provas, a delegada Elen Souto representou junto ao Plantão Judiciário pela decretação da prisão da acusada pelo crime de sequestro, medida que foi aceita pela Justiça. Durante toda a manhã desta sexta, agentes da Polícia Civil fizeram buscas, na Baixada Fluminense e na Região Metropolitana, para encontrar Rayanne.

Na internet, Thainá fez uma espécie de 'diário' e relatava dia a dia de sua 'gravidez'. A suspeita montou uma farsa em que até os próprios parentes e amigos foram enganados. A mulher contou que estava esperando uma filha e já havia, até, escolhido o nome da criança: Laura. Em sua página na internet ela publica imagens da gestação e fazia referências ao bebê.
Thaina da Silva Pinto%2C 21 anos%2C é a suspeita de ter encontrado com Rayanne na Central Reprodução

Para não atrapalhar as investigações, a Polícia Civil não passa informações sobre o caso. A reportagem apurou que, a qualquer momento outras pessoas podem ser detidas. Na tarde desta sexta-feira, um irmão da acusada contou que até a família foi enganada pela mulher. "Não estamos acreditando nisso. Se ela fez alguma coisa, não temos nada a ver com isso. Nossa família é evangélica. Somos trabalhadores. Depois que um jornal divulgou o nosso endereço, estamos com medo de acontecer alguma coisa com a nossa família", conta o rapaz que pediu para não ser identificado.

Desde a primeira vez que Thainá foi chamada para depor, o rapaz afirmou que a vida da família "tornou-se um pesadelo". "Meus pais estão passando mal desde que a polícia veio aqui. A família acreditava na gravidez e comprou berço, carrinho de bebê e várias roupinhas.

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Como O DIA tem mostrado desde sexta-feira, 13 de dezembro, a Rayanne foi vista pela última vez após sair da estação de trem da Central, depois de marcar para receber doações — de roupas e fraldas — para a filha prestes a nascer. À ocasião, Rayanne foi encontrar com uma mulher, a princípio identificada como Lídia, que conheceu em um grupo de doações na internet. Ela iria até Magé, na Baixada Fluminense, onde pegaria, na casa da suspeita, o enxoval.
Quem tiver qualquer informação que possa contribuir com as investigações pode entrar em contato com a Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) pelos telefones (21) 2202-0338 / 2582-7129 ou com a Central de Atendimento ao Cidadão (CAC) pelos telefones (21) 2334-8823 e 2334-8835 ou pelo chat https://cacpcerj.pcivil. rj.gov.br.
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Reportagem do estagiário Rafael Nascimento 

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