Por tamyres.matos

Rio - Sacolas plásticas, esponjas de aço, filtros de café, restos de tecidos, flores artificiais e até mesmo antigas fitas de VHS viraram material para alta costura nas mãos de Baby Steinberg, artista catarinense radicada há 14 anos no Canadá. “O que remanesce, o que sobeja, que resta”, diz a estilista, que vai expor dez de suas peças de amanhã até dia 6 de outubro no Museu da Moda, em Canela, cidade turística do Rio Grande do Sul.

“Baby é uma profissional muito criativa e especial, suas peças são pura emoção e beleza, além de servirem de exemplo de como transformar o lixo em luxo”, afirma a empresária e estilista Milka Wolff, que é a idealizadora do Museu da Moda. “A mostra terá uma atmosfera sustentável e uma porção de boas lições sobre a arte de transformar esses materiais”, completa.

Fitas de vídeo VHS se transformaram numa peça sensual (esq.)%3B Harmonia de cores no modelo criado com restos de tecido Dave Pereira

Ainda pouco conhecida no Brasil, Baby é admirada no Canadá. A artista nasceu em Capinzal (Santa Catarina) e se transferiu ainda menina para o Rio Grande do Sul. Formada em Enfermagem, descobriu o gosto pela moda durante uma especialização no país da América do Norte. As peças produzidas por ela utilizam sobras que normalmente são descartadas. A estilista costuma ser requisitada para criar peças para artistas performáticos, músicos, bailarinas e celebridades internacionais.

E para quem visitar Canela, cidade localizada nas Serras Gaúcha, perto de Gramado, o Museu da Moda, que foi fundado em 2012, também tem exposição permanente de quatro mil anos de vestiário feminino num espaço de 2.500 m². São centenas de peças criadas com exclusividade por Milka Wolff, que está no mundo da alta costura há mais de 40 anos. O Museu da Moda funciona todos os dias, exceto quartas-feiras. Mais informações podem ser obtidas pelo site www.museudamodadecanela.com.br.

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