Rio - Isolador, mecânico ajustador, jatista, curvador, montador de andaime, torrista offshore, sondador (operador de sonda), instrumentista de turbomáquina e analista de risco ambiental. Essas profissões, a maioria desconhecida da população em geral, estão entre os 39 postos de trabalho do setor de petróleo e gás que carecem de mão de obra qualificada.

São áreas de atuação em plataformas de petróleo, refinarias, áreas de logística e dutos e centros de pesquisas da Petrobras. Funções que também podem ser exercidas em empresas privadas do segmento. E para ajudar quem quer se capacitar para disputar uma dessas vagas, no próximo domingo, O DIA publicará um guia do setor, em parceria com a Petrobras, detalhando todas as funções.
Uma das possibilidades para o candidato se qualificar é procurar o Senai-Rio. São oferecidos 29 cursos do setor em nove unidades no estado, duas delas na capital (Maracanã e Benfica). Allain Fonseca, coordenador de Projetos Educacionais do Senai, diz que a instituição apresentou crescimento de 47% na oferta de cursos destinados à área de petróleo e gás, em relação a 2012.
“Só em 2013, foram atendidos cerca de 3.400 alunos nos cursos de aperfeiçoamento e formação na área de petróleo e gás”, afirmou.
O coordenador de projetos do Senai relata que no Rio as atividades relacionadas à produção e à exploração de petróleo e gás são aquelas que reúnem as melhores oportunidades de empregabilidade. Os destaques estão em áreas como mecânica, soldagem, eletrotécnica, automação/instrumentação, montagem industrial, segurança e meio ambiente, além das atividades offshore.

“Com a perspectiva de elevação da produção de petróleo, sobretudo em função da exploração do pré-sal, há a tendência de elevação do número de postos de trabalho”, avalia Fonseca acrescentando que a implantação do Complexo Petroquímico em Itaboraí (Comperj) aumentará ainda mais a necessidade necessidade de mão de obra qualificada. “Considerando funções relacionadas as atividades de transporte e refino”, destaca.
Modernas oficinas
Já a Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec) oferece 170 vagas para cursos no setor em duas unidades (em Bacaxá, Saquarema, e no Colubandê, São Gonçalo). Presidente da Faetec, Celso Pansera diz que o Centro Vocacional Tecnológico (CVT) Colubandê, inaugurado em abril deste ano, conta com modernas oficinas de soldagem pipeline.
“A região tem grandes oportunidades de crescimento econômico, geradas pelo Comperj. Estima-se que serão abertos mais de 200 mil empregos diretos e indiretos, tornando essencial a entrada do governo para a formação de mão de obra qualificada.

Publicação vai ter 96 páginas
· Uma parceria do DIA, Meia Hora e a Petrobras, o Guia de Profissões da Indústria de Petróleo e Gás terá 96 páginas. Nelas o leitor encontrará o perfil de 39 profissões da área de petróleo e gás com formação nos níveis fundamental, médio técnico e superior. O guia será publicado no próximo domingo, dia 27 no DIA.
· Samuel Pinheiro, diretor da Petrocenter, escola que forma, em média, 500 alunos ao ano em cursos técnico de petróleo e gás, afirma que técnicos do setor industrial têm remuneração inicial acima de R$ 1.200. Salário médio fica em torno de R$ 2.519,34.
· “Aqueles técnicos especializados com sólida experiência de mercado recebem, em média, R$ 5.690 segundo pesquisas da Confederação Nacional das Industriais”, informa Samuel Pinheiro.
· Senai do Rio: inscrições pelo www.cursosenairio.com.br ou pelo 0800 0231 231.
· Faetec: inscrições são feitas pela página www.faetec.rj.gov.br.
· Petrocenter: informações e inscrições pelo (21) 2224-1000 ou petrocenterbrasil.com.br.