Ex-dançarina do 'É o Tchan' vai entrar com processo trabalhista contra o grupo
Joyce Mattos conversou com a coluna e contou detalhes sobre os bastidores dos shows.
Durante cinco anos, Joyce Mattos trabalhou como dançarina do grupo É o Tchan. Na última sexta-feira, um vídeo dela desabafando sobre a forma como era tratada pelo líder da banda, Compadre Washington, foi parar na internet. No fim de semana, ela conversou com a coluna. Joyce, que ganhava um cachê de R$ 250 a cada apresentação do grupo, vai entrar com um processo trabalhista contra a banda.
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Atualmente, eles faziam cerca de quatro apresentações por mês. Ela não tinha INSS ou FGTS. Joyce também vai pedir na Justiça uma indenização por danos morais. "Eu pretendo entrar com uma ação contra o grupo por dados morais e psicológicos, porque desde quando houve as conversas de desligamento da empresa que eu não durmo. Depois dessa situação do vídeo eu passei mal na estrada. Quem acompanha minha rede social percebe que eu estou psicologicamente abalada. Eu fui humilhada", contou. Joyce disse que, desde que o vídeo viralizou, apenas a filha de Compadre Washington a procurou. "Ela quis saber o motivo de tanta agressividade com o pai dela. Mas falou educadamente comigo".
Joyce diz que gravou o vídeo apenas por "segurança" e não era para ser divulgado. "Eu confiei em uma única pessoa. Mandei o vídeo e disse que era uma prova se alguma coisa acontecesse comigo. Pedi para não enviar para ninguém e acabei sendo traída. Pelo meu vídeo, as pessoas entenderam que houve uma agressão física e não houve Foi uma agressão moral! Quando Compadre Washington estava incomodado com alguma situação, ele falava isso no microfone para todo mundo ouvir durante o show. Dessa vez, ele mandou a produtora dizer que se nós continuássemos desobedecendo e dançássemos fora da linha demarcada, íamos ser retiradas do palco. Sempre que estava com o humor abalado ele mandava colocar essa marcação no palco".
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A dançarina diz que não pretende retornar ao grupo. "Eu não quero voltar. Aprendi muitas coisas nesses anos, mas agora eu tiro um peso das costas. São muitos podres que as pessoas não sabem que acontecem ali dentro. Para trabalhar ali, a pessoa precisa se sujeitar a algumas situações. Mas já quero deixar claro que não tem nada a ver com assédio sexual. Eu nunca fui obrigada a ter nada com ninguém. Sou uma mulher casada e entrei na banda de forma honesta. Talvez para eles eu não tenha saído de uma forma honesta porque eu briguei pelos meus direitos. O problema da minha saída não foi o vazamento do meu vídeo. Foi realmente porque eles queriam legalizar as documentações da forma que eles achavam que era legal. Tem muitas coisas nos bastidores, mas meu advogado quer evitar que eu precise me expor ainda mais. Porém, se eu realmente for lesada, tenho fotos, vídeos e gravações de conversas que posso provar as humilhações".