Por cadu.bruno

Rio - Uma cidade preparada para enfrentar os percalços da natureza. É assim que o Rio de Janeiro quer ser visto nos próximos anos. E para alcançar esse objetivo, há 4 anos, o município executa um ‘trabalho de formiguinha’ com o projeto global 100 Cidades Resilientes. Para os próximos três anos, a meta para um Rio mais verde e saudável é ambiciosa e inclui desde a plantação de 120 mil novas mudas de árvores nas ruas até a ampliação para 68% da rede de esgoto.

Além de concretizar as 16 propostas ligadas ao meio ambiente, a premissa de ser uma cidade resiliente é fazer com que os moradores tenham autonomia para agir em casos de crise. No Rio, o pontapé desse trabalho começou pelas comunidades do Macaco, em Vila Isabel, e Formiga, na Tijuca, e será expandido. A prefeitura, por meio da Defesa Civil, junto com o 100 Cidades Resilientes, está mapeando outras comunidades para receber novos treinamentos.

Caminho para um Rio mais verdeArte%3A O Dia

“É um trabalho de fortalecimento dessa população mais vulnerável. Juntamos as lideranças para ensinar ações simples, como por exemplo, o que é preciso fazer em casos de desabamento de terra”, explicou Helena Monteiro, diretora-adjunta do 100 Cidades Resilientes.

Como parte das ações para tornar o município mais consolidado em recursos ambientais, a Prefeitura do Rio lançará em dezembro o Plano de Desenvolvimento Sustentável. Todas as secretarias já deram suas contribuições e, a partir de agora, a Secretaria Municipal da Casa Civil vai iniciar reuniões com lideranças e especialistas de cada área. O plano vai ajudar o poder público a se planejar para ordenar o desenvolvimento da cidade nos próximos 13 anos.

Prédios inteligentes e sustentáveis

A parceria da Prefeitura do Rio com o 100 Cidades Resilientes, da Fundação Rockfeller— que comemora o seu centenário—, começou na gestão de Eduardo Paes e continua firme com o prefeito Marcelo Crivella. Entre os projetos em andamento, está em estudo um piloto de eficiência energética em prédios públicos. “A meta é tornar as estruturas de escolas e hospitais mais inteligentes e suficientes em produção de energia. São construções sustentáveis, com coleta de água e de energia solar”, explicou Helena.

A arborização e manutenção de praças públicas também é o foco dessa parceria. O estudo nessa área é para identificar novas tecnologias de iluminação pública e formas de compensação das ilhas de calor pela vegetação. Nesse segmento, o Florestas cariocas também está em andamento no município. Com a contribuição dos parceiros do 100 Cidades Resilientes, as formas de preservação e exploração dos parques públicos estão sendo avaliadas, inclusive programas de reflorestamento.

Além do Rio, Salvador e Porto Alegre têm convênio com Fundação Rockfeller. A empresa global conta com mais de 100 prestadoras de diversos serviços, que oferecem desde estudos de viabilidade até implementação de softwares. No Rio, um exemplo da contribuição dessas empresas é o mapeamento de todas as árvores da cidade, por meio do programa georeferenciado das ilhas de calor.

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