Por João Tancredo

"Isso tudo é um grande retrocesso. Defendemos que um julgamento de qualquer pessoa seja realizado pela sociedade; se alguém comete um crime, ele vai para o Tribunal do Júri. Essas exceções que os militares na ativa sejam julgados por conselho de Justiça Militar, nós já experimentamos na ditadura. Ela se mostrou ineficiente, não pelas absolvições, mas porque o julgamento acontece pelos seus pares, ficando muito corporativo. Não defendo que um senador seja julgado pelo seus pares caso ele cometa um crime. Essas exceções nunca são boas para a democracia. Por que se deve criar mecanismos e justiça diferentes para pessoas que devem ser tratadas como iguais? Isso que é fundamental de se entender. Nossa experiência dessa lei na ditadura foi muito reacionária, conservadora, que acabava protegendo os militares. Um grande atraso é o que ocorre com esse projeto".

Você pode gostar
Comentários