Da esquerda para direita ministro de Minas e Energia Alexandre Silveira, presidente da Transpetro Sérgio Bacci, presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente da Petrobras Magda Chambriard assinaram os protocolos de intenções e um edital de licitaçãoDivulgação/reprodução rede social

Angra dos Reis - O presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva participou nesta segunda-feira, (17 ) do anúncio de duas iniciativas de fomento à indústria naval, no Terminal da Transpetro, na cidade de Angra dos Reis, na costa verde. Na ocasião foi lançada a segunda licitação do Programa de Renovação e Ampliação da Frota do Sistema Petrobras e assinados protocolos de intenções para o reaproveitamento de plataformas da Petrobras em fase de desmobilização. Ao todo serão 44 novas embarcações, com investimento na ordem de R$ 23 bilhões e a geração de mais de 44 mil postos de trabalho até 2029. 
Na ocasião, o Terminal da Baía de Ilha Grande, sediou a “Feira de Negócios da Indústria Naval e Offshore Brasileira”, iniciativa da Petrobras e do Ministério de Minas e Energia, com a participação de representantes do setor.

Acompanhando o presidente da República estavam o vice-presidente, Geraldo do Alckmin, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, a presidente da Petrobras, Magda Chambriard e o presidente da Transpetro, Sérgio Bacci, além de deputados, federais e estaduais, entre eles a deputada estadual Célia Jordão e o prefeito da cidade, Carlos Ferreti.

A geração de demandas perenes para a indústria naval e offshore é uma das prioridades do Governo Federal e um compromisso do Sistema Petrobras.
“Acredita na Petrobrás porque ela acredita no Brasil e vamos juntos sem nenhuma separação entender que quanto mais forte a Petrobrás, mas forte será o Brasil e vamos continuar construindo navios, sondas, plataformas , pesquisando petróleo e produzindo petróleo” – disse o presidente Lula.
O fomento ao setor gera um círculo virtuoso de novos investimentos e oportunidades, além de fortalecer a cadeia produtiva e industrial. 
" A expectativa é que essas iniciativas impulsionem a geração de empregos e ampliem a participação da indústria brasileira no setor naval e offshore. A contratação dos gaseiros está em linha com os esforços para renovação e ampliação da frota da Transpetro e com o aumento gradativo da produção de gás natural. Além disso, vai proporcionar menor exposição aos afretamentos. ressaltou Magda Chambriard, presidente da Petrobrás. 

Para o presidente da Transpetro, Sérgio Bacci, a licitação evidencia o novo horizonte de crescimento da companhia.
“Com essa contratação, vamos aumentar de seis para 14 o número de navios da frota de gaseiros, ampliando a capacidade de transporte de 36 mil para até 108 mil metros cúbicos. Vamos consolidar a Transpetro como maior armador brasileiro no transporte de gás, fortalecendo a companhia em um segmento que tem grande importância para o Sistema Petrobras e para todo o Brasil”, afirmou Bacci.

A licitação pública internacional lançada pela Transpetro, hoje, , para a aquisição de oito navios gaseiros com capacidades de 7 mil, 10 mil e 14 mil metros cúbicos, integra o Programa de Renovação e Ampliação da Frota do Sistema Petrobras, que teve início em julho de 2024 e concluiu em janeiro a contratação de quatro navios da classe handy.


Essa contratação vai triplicar a capacidade da Transpetro para transportar GLP e derivados e permitir à companhia carregar amônia. A ampliação da frota de gaseiros, de seis para 14 navios, leva em conta o aumento de produção de gás natural no país e pretende atender a demanda na costa brasileira e na navegação fluvial, como já ocorre na Região Norte do país e na Lagoa dos Patos, no Rio Grande do Sul.

“ Retomamos os investimentos em gás, óleo refino e fertilizantes. mais que isso retornamos os investimentos para garantir a dignidade das pessoas. A Petrobras não renovava a frota marítima há 10 anos. Hoje assinamos a autorização para licitar a contratação de oito navios gaseiros. Até 2029 vamos investir mais de R$ 23 bilhões e gerar mais de 44 mil novos postos de trabalho.” disse Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia.
É esperado que os investimentos na Indústria Naval criem novas oportunidades para o setor. Protagonista do tema na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), a presidente da Comissão Especial da Indústria Naval, deputada Célia Jordão, PL, celebrou o anúncio de investimentos. Em 2023, a parlamentar entregou ao vice-presidente Geraldo Alckmin o Plano de Retomada da Indústria Naval e o Projeto Reciclagem Naval, documentos que incentivam a reutilização, reciclagem e desmantelamento de embarcações no estado.

“Hoje vemos que todo o trabalho que estamos fazendo no âmbito da Assembleia Legislativa não é em vão. Nós estamos acompanhando de perto todos esses movimentos, sempre pensando no melhor para a população, já que o setor tem forte potencial de geração de emprego. O anúncio de investimentos é fundamental porque sabemos que os principais beneficiados serão os trabalhadores e trabalhadoras. A retomada da Indústria Naval é um marco para o desenvolvimento econômico e social do Estado do Rio e do país”, ressaltou Célia Jordão.

O prefeito de Angra dos Reis, Cláudio Ferreti, e o seu vice, Rubinho Metalúrgico, acompanharam todo evento que vai fomentar a indústria naval feito pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, no Terminal da Transpetro.
“ A retomada da indústria naval representa um grande avanço para o desenvolvimento econômico de Angra. Com esse evento, estamos abrindo caminho para mais oportunidades, especialmente na economia do mar, beneficiando diretamente nossos moradores. A parceria com a Petrobras e a Transpetro será fundamental para garantir formação profissional e novas perspectivas para os jovens. Fico muito feliz em ver que estamos avançando, fortalecendo parcerias e construindo um futuro promissor para Angra” – destacou o prefeito Cláudio Ferreti.

Dois lotes
A licitação tem dois lotes, que não podem ser vencidos pelo mesmo estaleiro ou consórcio. A concorrência permite a participação de todos os estaleiros que atendam aos critérios técnicos e econômicos do edital.
Um dos lotes da licitação contempla cinco navios, sendo três embarcações de 7 mil metros cúbicos e duas de 14 mil metros cúbicos de capacidade. Esses gaseiros serão do tipo pressurizado, destinados ao transporte de GLP e derivados.
Já o outro lote contempla a aquisição de três navios com capacidade de 10 mil metros cúbicos, do tipo semirefrigerado. Como diferencial, essas embarcações também poderão carregar amônia, produto que atualmente não é transportado pela Transpetro. A entrada dessas novas embarcações possibilita a ampliação da carteira de serviços da companhia.
As empresas interessadas têm 90 dias para apresentar as propostas. De acordo com o cronograma, o primeiro navio deve ser lançado em até 30 meses após a formalização do contrato. Os demais devem ser entregues sucessivamente a cada seis meses. Os futuros gaseiros serão até 20% mais eficientes em termos de consumo, propiciarão redução de 30% nas emissões de gases do efeito estufa e estarão aptos para atuar em portos eletrificados.

Reaproveitamento
Em um cenário em que a gestão de ativos de produção, especialmente no setor de óleo e gás, se tornou cada vez mais relevante no contexto da sustentabilidade e da circularidade, o reaproveitamento de plataformas surge como alternativa estratégica em linha com os compromissos ESG da Petrobras. Conforme previsto no Plano de Negócios 25-29, a companhia planeja desmobilizar 10 plataformas até 2029, e os protocolos de intenções têm como objetivo analisar a viabilidade do reaproveitamento dessas unidades.
“A iniciativa de reutilização de embarcações podem gerar benefícios, como a redução de custos logísticos, o fortalecimento da base de fornecedores e a promoção de melhores práticas de sustentabilidade”.
Além da Petrobras, o protocolo de intenções é assinado por instituições da indústria que vão colaborar para um estudo de olhar abrangente, como o Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (SINAVAL), Associação Brasileira das Empresas da Economia do Mar (ABEEMAR) e Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás Natural (IBP).
Você pode gostar
Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.