Barco-táxi que naufragou Reprodução
Barco-táxi que naufragou em Arraial do Cabo estava com excesso de passageiros e sem coletes salva-vidas, segundo testemunhas
Marinha do Brasil informou que a documentação da embarcação estava regular e que um Inquérito Administrativo sobre Acidentes e Fatos da Navegação (IAFN) será instaurado para investigar as circunstâncias do naufrágio e apurar responsabilidades. Acidente foi registrado nesta quinta-feira (2)
Arraial do Cabo - A embarcação que naufragou na tarde de quinta-feira (2) em Arraial do Cabo, na Região dos Lagos, estava operando acima da capacidade permitida. É o que dizem as testemunhas do acidente, que aconteceu na travessia entre a Prainha do Pontal do Atalaia e a Praia dos Anjos, um trajeto comumente utilizado por turistas.
Conforme pessoas que estavam no momento do ocorrido, o barco, identificado como “Joana Tour”, estava transportando 30 pessoas, embora a capacidade máxima fosse de 24. Além do excesso de passageiros, muitos não utilizavam coletes salva-vidas, colocando as vidas em risco. Segundo uma das pessoas que estavam a bordo, alguns ocupantes sequer sabiam nadar, agravando a situação.
Os passageiros foram resgatados por ocupantes de outras embarcações presentes na área. Apesar do susto, não houve vítimas fatais. Duas pessoas com ferimentos leves foram encaminhadas ao Hospital Geral de Arraial do Cabo (HGAC), onde permanecem em observação.
A Delegacia da Capitania dos Portos em Cabo Frio (DelCFrio) foi acionada e enviou uma equipe ao local. Em nota, a Marinha do Brasil informou que a documentação da embarcação estava regular e que um Inquérito Administrativo sobre Acidentes e Fatos da Navegação (IAFN) será instaurado para investigar as circunstâncias do naufrágio e apurar responsabilidades.
Ainda de acordo com a Marinha, não houve registro de poluição hídrica no local. O resultado do inquérito será encaminhado ao Tribunal Marítimo, que tomará as medidas cabíveis conforme a legislação vigente.
A Prefeitura de Arraial do Cabo destacou que o ocorrido serve de alerta para a necessidade de fiscalização mais rigorosa no transporte marítimo na região, sobretudo no período de alta temporada, quando o movimento de turistas cresce significativamente.
A Marinha do Brasil reforça que a sociedade pode contribuir denunciando irregularidades por meio dos telefones 185 (emergências marítimas), (21) 2104-6119 e (21) 97515-7895. Medidas preventivas, como o uso de equipamentos de segurança e o cumprimento das normas de capacidade, são fundamentais para evitar tragédias semelhantes.
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