Psicóloga e Professora Fátima Antunes explica como lidar com a depressão, ansiedade e solidão na reta final do anoDivulgação

Rio - O final de ano chegou, e o Natal está pedindo passagem! É época de sorrir, abrir caminho para uma nova fase e brindar com esperança o réveillon. Mas, para uma grande parcela da população brasileira, se aproxima também a fase que mais castiga os que sofrem com a síndrome do final de ano. No momento atual, parece que a situação ganha o reforço do medo dos eventos extremos climáticos. O fundamental é superar dificuldades. Para viver o finalzinho de 2024 e começar 2025 em alto astral, a psicóloga e professora do Centro Universitário Uniabeu, em Belford Roxo, Fátima Antunes, explica o fenômeno e dá algumas dicas para buscar o sorriso.

Mas o que é a síndrome de final de ano? "É uma depressão que se apresenta como um fenômeno que se intensifica devido a fatores emocionais e sociais típicos do período. Podem ser agravados por fatores individuais como, por exemplo, a necessidade de isolamento social, desafios financeiros e conflitos familiares. Esta é uma tristeza transitória, mas não menos importante, porque pode ser gatilho para um transtorno mais grave como depressão e transtorno de ansiedade. As causas deste estresse temporário podem ser agravadas pelo estado de humor, alimentação e desequilíbrio emocional", explica a psicóloga Fátima Antunes.

O ano está acabando e as festividades de fim de ano nem sempre alegram as pessoas. Para alguns, este é um período de melancolia e ansiedade. A chegada desta data pode gerar insônia, perda de apetite, desmotivação prolongada, fadiga e até isolamento social. Seja porque sente falta de pessoas que faleceram, seja porque fez vários planos que não aconteceram ou mesmo pela quase obrigatoriedade de se encontrar com pessoas as quais não gostaria que fossem sejam colegas ou familiares.

A psicóloga afirma que as empresas podem auxiliar os colaboradores no desafio de superar a síndrome de final de ano. Segundo ela, as organizações podem ajudar o funcionário a passar por este período com um pouco mais de tranquilidade, oferecendo além das tradicionais festas, momentos de descompressão.

De acordo com Fátima Antunes, para lidar com esses desafios, há estratégias como estabelecer expectativas realistas, buscar apoio social, praticar autocuidado e criar uma rotina equilibrada. "Essas atitudes podem ajudar, resumidamente, a aprender a lidar com o estresse dos desacordos, dos conflitos e das escolhas, que sempre têm algum tipo de perda", orienta Fátima Antunes.
De acordo com Fátima Antunes, para lidar com esses desafios, há estratégias como estabelecer expectativas realistas, buscar apoio social, praticar autocuidado e criar uma rotina equilibrada - Divulgação
De acordo com Fátima Antunes, para lidar com esses desafios, há estratégias como estabelecer expectativas realistas, buscar apoio social, praticar autocuidado e criar uma rotina equilibradaDivulgação


A psicóloga recomenda não se preocupar em exibir sorriso no rosto. "A estratégia para passar bem este período do ano é ser você mesmo, reconhecer e assumir seus sentimentos, não se preocupar com a opinião do outro. Afinal, a opinião é do outro e ponto final. A pessoa deve aceitar que pode estar triste e expor seus sentimentos através da arte. Seja por meio de um poema, da dança, de músicas, do desenho, viver aquilo que você está sentindo naquele momento", recomenda Antunes. Segundo ela, a reflexão é sempre importante. "Faça o exercício da reflexão seja sozinho, seja com alguém que você confia ou seja por meio de um profissional. Conectar-se é muito importante, pois os próprios pensamentos às vezes nos confundem", conclui.