Por marta.valim

Enquanto cresce no imaginário popular a ideia de que a Copa do Mundo deverá escancarar falhas na preparação para o torneio, o governo defende que o mundial de futebol ajudou o país a assegurar investimentos em meio à maior crise econômica da história. As críticas à organização do mundial acabaram sintetizadas no bordão: “Imagina na Copa”.

Vinicius Lages, ministro do Turismo, usa o mantra popular e rebate. “Imagina sem a Copa?”, ao argumentar que a Copa do Mundo foi o vetor de desenvolvimento para infraestrutura do país numa época marcada pela recessão nos países desenvolvidos.

“Imagina esse país sem uma capacidade de acelerar investimentos, de melhorar sua infraestrutura”, diz Lages. “Desde que o Brasil ganhou a possibilidade de realizar a Copa, o mundo viveu uma de suas piores crises de toda a história. Não foi fácil, teve reflexos. O Brasil reagiu, mas teve reflexos também na economia do país, na capacidade de investir. Mesmo assim fomos capazes de chegar nesse momento. Portanto, sempre digo: imagina sem a Copa?”

De acordo com o ministro, a previsão de caos não se fundamenta já que várias das cidades-sede convivem com o fluxo turístico semelhante ao que está previsto para a Copa, em ocasiões como carnaval e outras festas. “Não vejo com nenhuma preocupação esse número de turistas que vamos receber”, declarou Lages. Ele também mostrou posição tranquila em relação à possibilidade de manifestações de rua durante o torneio. “Manifestações não são um problema. Que venham junto das celebrações”, disse o ministro, que também prometeu uma ação dura por parte do governo para combater problemas como o turismo sexual.

O ministro considerou ainda que é necessário que o governo tenha estratégias para incentivar o fluxo turístico nas cidades-sede e nos municípios que ficam em volta destas cidades para evitar que os estádios não se transformem em “elefantes brancos”. É um desafio. Não é dado que nóa vamos ter fluxos que garantam esses empreendimentos. Temos que investir para que eles se tornem negócios rentáveis”, admitiu.

Quanto à questão da Segurança Pública, Lages avaliou que a experiência com a Copa das Confederações demonstrou que a questão da Segurança Pública durante os eventos esportivos internacionais não foi um grande problema apesar dos protestos que ocorreram do lado de fora dos estádios no ano passado e da resposta da polícia, considerada desmedida por muitas entidades. “Enquanto o problema da criminalidade não se resolve, é necessário ter uma inteligência capaz de responder”, enfatizou.

Lages ainda disse que o país será intolerante com o chamado “turismo sexual” com crianças e adolescentes. “Para nós isso não é uma atividade que tem a ver com turismo, isso é crime e deve ser assim tratado”, enfatizou.

O ministro comentou o risco de manifestações e afirmou que a avaliação do governo é de que o quadro é distinto do observado no ano passado. ‘As condições em que ocorreram as manifestações no ano passado não existem este ano. De toda maneira, estamos atentos’, diz ele.

Outro fator que Lages disse não concordar é com as reclamações de que há abuso das companhias aéreas em relação ao preço das passagens. “Não há abuso e nem intenção de abuso“, garantiu o ministro.

Ele também considerou que não há falta de informações bilíngues capaz de causar problemas para o turista que chegas ao Brasil para a Copa. O que está montado hoje, junto com os estados é uma rede capaz de atendê-lo”, disse o ministro.

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