O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, deve seguir nesta quinta-feira para Curitiba, depois de passar a noite na carceragem da Superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro. Ele foi preso na quinta-feira, por determinação do juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba. Costa foi preso à tarde, em casa, na Barra da Tijuca, zona oeste da capital fluminense.
Costa foi solto no dia 19 de maio, mas foi preso novamente ontem após o Supremo Tribunal Federal (STF) validar as provas da Operação Lava Jato, da Polícia Federal e determinar que as ações penais oriundas da investigação fossem devolvidas à Justiça Federal.
O advogado de Paulo Roberto, o criminalista Nélio Machado, disse agora de manhã que a Polícia Federal não informou a hora que o cliente embarcará para Curitiba. Machado disse que ainda não definiu a linha que tomará para tentar colocar Paulo Roberto Costa novamente em liberdade. Ele disse que hoje é um dia "praticamente morto" na Justiça e qualqquer petição que faça será só a partir de amanhã.
Na decisão, o juiz Sérgio Moro diz que o Ministério Público da Suíça informou que foram descobertas naquele país contas bancárias no valor de US$ 29 milhões. Segundo o órgão, foram identificadas 12 contas em bancos suíços sob o controle de Costa, suas duas filhas, genros e de um funcionário do doleiro Alberto Youssef. Desse total, de acordo com o Ministério Público suíço, US$ 23 milhões pertencem a Costa.