Por bruno.dutra

Brasília - O Rio de Janeiro fechou mais de 7 mil vagas de emprego em julho de 2014, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados na tarde de hoje (21). O estado registrou a maior redução de empregos no país no mês, quando registrou 150.944 admissões e 157.993 demissões, representando um decréscimo de 0,18%.

O estado teve o pior desempenho em uma lista de dez que encerraram julho com menos vagas de trabalho em relação ao mês anterior. Outro destaque negativo é o Rio Grande do Sul, com redução de mais de 6 mil postos formais (-0,24%). Os outros estados são Roraima, Bahia, Sergipe, Espírito Santo, Santa Catarina, Pernambuco e Minas Gerais, além do Distrito Federal.

São Paulo, por sua vez, registrou o maior saldo de geração de empregos entre os estados do país. Foram 8.308 empregos formais gerados a mais no estado, resultado de 514.230 admissões e 505.922 demissões. Esse acréscimo representa 0,06%. O maior percentual de acréscimo de postos de trabalho, no entanto, pertence ao Tocantins, com 1,05%, com acréscimo de 1.762 vagas. O Pará também se destaca positivamente, com 6.287 vagas a mais no mês (0,79%).

Os dados do Caged divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) mostraram ainda que o ano de 2014 registrou a menor geração de empregos formais para o mês de julho desde 1999, com criação de 11.796 postos de trabalho. O chefe da pasta, Manoel Dias, reconheceu o recuo na geração de empregos, que já chegou a registrar mais de 203 mil vagas, em julho de 2008, mas demonstrou otimismo para reverter o quadro. “Chegamos ao fundo do poço. Agora vamos continuar recuperando a geração de emprego”, disse.

Para a recuperação esperada, o ministro conta com investimentos estrangeiros no país, dentre outras iniciativas internas, como o anúncio de liberação de mais recursos para concessão de créditos bancários e pela manutenção das alíquotas reduzidas de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para veículos.

Dias, no entanto, advertiu que o Brasil não terá números como o de 2008 porque, segundo ele, a demanda por emprego é menor. “Esse conjunto de investimentos vão recuperar o nível de emprego, que certamente não será o de cinco anos atrás porque estamos vivendo o pleno emprego. Então, a demanda por emprego também se reduziu”.

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