Dilma Rousseff toma posse do segundo mandato na Presidência da República
Presidenta destacou o novo lema do seu governo: "Ele é simples, direto e mobilizador e reflete com clareza nossa grande prioridade, sinaliza para qual setor deve convergir meu governo: Brasil, pátria educadora"
Por douglas.nunes
A presidenta Dilma Rousseff e o vice-presidente Michel Temer tomaram posse às 15h31, no plenário da Câmara dos Deputados, para o segundo mandato. Na presença dos presidentes do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros, da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves, e do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, de autoridades estrangeiras, entre elas, os presidentes do Uruguai, José Mujica, e da Venezuela, Nicolás Maduro, além de ministros de seu governo e outros convidados, Dilma e Temer fizeram o juramento de “manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis, promover o bem geral do povo brasileiro, sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil”.
A cerimônia começou, após Renan Calheiro declarar aberta a sessão e a banda dos Fuzileiros Navais executar o Hino Nacional. Em seguida, Dilma e Temer fizeram juramento de compromisso com a pátria e o presidente da Câmara os declarar empossados. A presidenta, o vice, os presidentes do Congresso, da Câmara e do STF assinaram o termo de posse e, então, Dilma iniciou seu pronunciamento.
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Depois do presidente do Congresso encerrar a sessão solene, os dois eleitos e seus acompanhantes seguem para a presidência do Senado. Antes de deixarem o Congresso, mas já na área externa, eles acompanharão mais uma vez a execução do Hino Nacional pelo Batalhão da Guarda Presidencial. A presidenta passará a tropa em revista e, só então, seguirá no Rolls-Royce para o Palácio do Planalto
As cerimônias de posse respeitam o protocolo foi definido em um decreto de 1972. No país, os servidores públicos devem ser empossados na presença de um superior. No caso do presidente da República, seu superior é o povo, representado pelos deputados federais. Por isso a cerimônia de posse é realizada na Câmara dos Deputados. Cerca de 1 mil autoridades nacionais e estrangeiras foram convidadas para o evento no Congresso, além de 450 jornalistas credenciados para cobrir a solenidade.
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Presidenta elege educação como prioridade das prioridades em seu novo mandato
Em seu discurso, Dilma destacou o novo lema do seu governo: "Ele é simples, direto e mobilizador e reflete com clareza nossa grande prioridade, sinaliza para qual setor deve convergir meu governo: Brasil, pátria educadora", diz a presidente.
“Estamos dizendo que a educação será a prioridade das prioridades, mas também que devemos buscar em todas as ações do governo um sentido formador, uma prática cidadã”, explicou, ao acrescentar que só a educação liberta um povo e abre portas para o futuro.
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Dilma defendeu um ensino de qualidade em todos os níveis de formação e para todos os segmentos da sociedade. A presidenta destacou que a expectativa é que, ao longo deste novo mandato, o setor comece a receber volumes mais expressivos de recursos oriundos dos royalties do petróleo e da exploração da camada pré-sal.
“Buscaremos, em parceria com os estados, efetivar mudanças curriculares e aprimorar a formação dos professores” disse, ao avaliar ser esta uma área frágil no sistema educacional brasileiro. A presidenta prometeu dar atenção especial ao Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) e ao Programa Jovem Aprendiz. “O Brasil vai continuar como país líder no mundo em políticas sociais transformadoras”.
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Dilma diz que retomada do crescimento passa por ajuste nas contas públicas
A presidente disse que a retomada do crescimento econômico do país passa pelo ajuste nas contas públicas e que esse ajuste será feito com o menor sacrifício possível para os mais pobres.
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Em seu discurso de posse do segundo mandato presidencial, no Congresso Nacional, Dilma prometeu defender a estabilidade e a credibilidade da economia. A presidente prometeu manter a política de valorização do salário mínimo e a inflação abaixo do teto da meta estipulada, que é de, no máximo, 6,5% ao ano.
Dilma defende apuração de irregularidades na Petrobras sem prejudicar estatal
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Dilma também defendeu que as investigações de irregularidades na Petrobras não devem prejudicar a empresa, classificada por ela como "estratégica" para o Brasil.
Durante discurso de posse, no Congresso Nacional, Dilma disse ser necessário defender a Petrobras de "predadores internos e inimigos externos" e daqueles que tiveram seus interesses contrariados pelo regime de partilha na exploração do petróleo e da política de conteúdo nacional nas contratações feita pela estatal.
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Ao falar de corrupção, a presidenta afirmou: "o Brasil sabe que não compactuei com qualquer ilícito ou malfeito".