Por diana.dantas

Brasília - A presidente da República Dilma Rousseff se reuniu nesta terça-feira por quase duas horas com a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, dando margem a rumores sobre a troca no comando da estatal, que levaram as ações da petroleira a fecharem com o maior ganho diário em 16 anos.

A alteração na cúpula da diretoria da Petrobras, no centro de um escândalo bilionário de corrupção que envolve ex-empregados, executivos de empreiteiras e políticos, é esperada há meses, mas Dilma tem defendido a manutenção de Graça, de quem é amiga pessoal.

O ministro da Secretaria de Comunicação Social, Thomas Traumann, negou no início da noite que a troca de comando da Petrobras tenha sido decidida na reunião desta terça-feira.

"O que eu posso dizer é que essa questão não foi decidida na reunião entre ela (Dilma) e Graça", afirmou o ministro a jornalistas, após ser questionado sobre a demissão da CEO.

Após o encontro, Graça Foster se limitou a dizer a jornalistas que a reunião tinha sido "muito boa", e não comentou os rumores de sua saída.

Mais cedo nesta terça, o site do jornal Folha de S. Paulo publicou matéria sem citar fontes afirmando que Graça já teria sido informada pelo Palácio do Planalto que será substituída.

Segundo a Folha, Dilma estaria convencida de que a posição da executiva é "insustentável", após a divulgação na semana passada do balanço não auditado da companhia no terceiro trimestre de 2014 citando avaliações internas de que 88 bilhões de reais em ativos estariam supervalorizados devido a corrupção e falhas administrativas.

As negativas do Palácio do Planalto durante o dia sobre a saída de Graça não foram suficientes para reduzir os ganhos dos papéis da estatal, que abriram em alta.

As ações preferenciais da Petrobras fecharam em alta de 15,47%, para R$ 10, na máxima da sessão. O Ibovespa, que reúne os principais papéis do mercado acionário brasileiro, avançou 2,76%.

Procurada, a Petrobras não comentou o assunto.

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