Em um momento de popularização dos smartphones no Brasil, o acesso à internet por banda larga móvel disputa cada vez mais espaço com a conexão fixa. Dos 31,2 milhões de domicílios brasileiros que tinham acesso à internet em 2013 (48% do total), 88,4% utilizavam o microcomputador, e 53,6% o celular, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) referente a 2013, elaborada pelo IBGE em conjunto com o Ministério das Comunicações. Outros 17,2%, segundo a Pnad, disseram usar o tablet.
Entretanto, praticamente um quarto da população brasileira não tinha telefone móvel em 2013, mas a tendência é que o percentual do acesso por aparelhos de celular aumente.
Gerente de Projetos do ministério, Pedro Araújo comentou a expectativa por um novo aumento no percentual na próxima pesquisa: “O número de usuários de internet é muito próximo ao número de pessoas com computador, mas ainda distante do total de pessoas que possuem celular. Em 2014, por conta da política de desoneração do smartphone, houve um aumento grande na venda desses aparelhos. Por isso, os números tendem a convergir nos próximos estudos”.
De acordo com a Pnad 2013, a banda larga estava presente em 97,7% (30,5 milhões) dos domicílios com internet. Destes, 77,1% (24,1 milhões) se conectavam com banda larga fixa, que inclui as conexões wi-fi, e 43,5% (13,6 milhões) em banda larga móvel.
Com exceção do Estado de Rondônia, a Região Norte é a única onde a conexão por redes móveis supera a fixa, por conta da carência de infraestrutura de cabeamento.Por obrigação regulatória, até 2019 todos os municípios precisarão ter cobertura de banda larga móvel. “Acreditamos que, em 2014, foram somados novos 50 milhões de acessos por banda larga móvel. Ainda não teve desembolso para esse projeto, mas não será afetado pelo corte de gastos”.
O estudo também revelou que, nos 63,3 domicílios com TV (97,2% do total) em 2013, 54,5% ainda eram aparelhos de tubo e, nessas residências, somente 31,2% recebiam sinal digital. O dado chama atenção por conta da promessa do governo de desligar o sinal analógico até 2018. Araújo buscou amenizar esse resultado: “A expectativa era mesmo essa. Muitas pessoas deixaram para comprar a TV nova em 2014, por conta da Copa. Além disso, a propaganda na TV vai começar agora e, a partir daí, deve haver um aumento significativo de domicílios que recebem sinal digital”.
Colaborou o estagiário João Pedro Soares