Por gabriela.mattos

São Paulo - A polícia pediu a prisão, nesta terça-feira, da jornalista Patrícia Lelis, de 22 anos, que acusou o deputado federal Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) de estupro, em São Paulo. Concluído na semana passada, o inquérito apurava crimes que teriam sido cometidos pelo chefe de gabinete do parlamentar, Talma Bauer, contra a jovem. Ela o acusou de agressão e sequestro. No entanto, de acordo com a polícia, ela teria mentido sobre os supostos crimes cometidos pelo assessor.

Segundo o jornal O Globo, o delegado Luiz Roberto Hellmeister, titular do 3º Distrito Policial e que investigava o caso, indiciou formalmente Patrícia por mentir à investigação e extorquir dinheiro de Bauer.

"Em todo momento falta com a verdade, em inúmeras e reiteradas oportunidades em toda entrevista, inclusive em detalhes que não teriam tanta relevância para o caso. E não se trata de enganos, ela conta e esmiúça com grande nível de detalhamento cada ponto de contradição", escreveu na conclusão do inquérito.

Em entrevista ao portal G1, Hellmeister pediu para que a jornalista fosse presa para responder o processo. De acordo com o delegado, ela já tinha apontado uma pessoa inocente como estupradora, em Brasília.

No inquérito%2C que foi concluído na semana passada%2C delegado destacou que jornalista sofre de Transtorno de Personalidade HistriônicaDivulgação

A conclusão do inquérito destacou que a personalidade de Patrícia "salienta uma atitude ora manipuladora, ora sedutora e ora centralizadora", características de uma pessoa com Transtorno de Personalidade Histriônica.

Relembre o caso

Além de acusar Feliciano, a jovem afirmou à polícia que foi mantida sob coação e ameaça pelo chefe de gabinete de Feliciano, Talma Bauer, na semana em que esteve em São Paulo - entre 30 de julho e 5 de agosto -, porque pretendia denunciar o deputado do PSC.

Feliciano já é alvo de inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) envolvendo a contratação de cinco pastores pelo seu gabinete que não estariam cumprindo as suas funções. O processo corre no STF por conta do deputado contar com foro privilegiado

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