Salvador - A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira mais uma fase da operação 'Cui Bonno' para fazer buscas em um imóvel em Salvador. Autorizada pela 10ª Vara Federal de Brasília, a ação da PF mirou o local onde seria o "esconderijo" do ex-ministro Geddel Vieira Lima utilizado para armazenagem de dinheiro em espécie. A ação foi batizada de Tesouro Perdido.
Até as 19h desta terça, o valor do dinheiro armazenado chegava a R$ 22 milhões e a contagem ainda não tinha terminado.
Geddel está em prisão domiciliar sem tornozeleira eletrônica. A investigação é conduzida pelo delegado Marlon Oliveira Cajado que nas últimas semanas ouviu, entre outras pessoas, o corretor Lúcio Bolonha Funaro. Um outro depoimento de Funaro já havia resultado na prisão de Geddel.
De acordo com nota da PF, "após investigações decorrentes de dados coletados nas últimas fases da 'Operação Cui Bono', a PF chegou a um endereço em Salvador, que seria, supostamente, utilizado por Geddel Vieira Lima como 'bunker' para armazenagem de dinheiro em espécie." Fotos da PF mostram grandes malas e caixas repletas de cédulas.
Em agosto, Geddel se tornou réu por obstrução de Justiça. O ex-ministro teria atuado para evitar a delação premiada do corretor Lúcio Funaro - que poderia implicá-lo em crimes de corrupção na Caixa Econômica Federal.