Salvador - A PF prendeu na manhã desta sexta-feira, em Salvador, o ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB-Bahia), dias após a apreensão de R$ 51 milhões em um apartamento atribuídos ao parlamentar. Ele cumpria prisão domiciliar em sua casa, na capital baiana.
Geddel deixou o prédio pouco depois das 7h, no banco de trás de uma viatura da PF, e chegou ao aeroporto Luiz Eduardo Magalhães cerca de meia hora depois. A PF não informou para onde o ex-ministro será encaminhado.
A prisão foi determinada pelo juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara de Brasília. A ação é parte de um desdobramento da operação 'Cui Bono', que investiga fraudes na Caixa Econômica Federal. Agentes da PF também cumprem nesta manhã outros quatro mandados, sendo eles um de prisão preventiva e outros três de busca e apreensão.
'Bunker'
A PF deflagrou na manhã da última terça-feira uma nova fase da operação 'Cui Bonno' para fazer buscas em um apartamento em Salvador. Na ação, agentes descobriram uma quantia no valor de R$ 51 milhões escondida no imóvel, que supostamente era usada por Geddel como 'bunker'.
O empresário Silvio Silveira, dono do apartamento onde o dinheiro foi encontrado, disse à Polícia Federal, nesta quarta-feira, que "não sabia" que o local estava sendo usado para guardar a quantia. De acordo com a PF, Silveira admitiu ter emprestado o imóvel a Geddel, que teria obtido a quantia com propina.
De acordo com o superintendente da PF na Bahia, Daniel Justo Madruga, a procedência da quantia será investigada.
Chefe da Defesa Civil preso
Além do ex-ministro Geddel Vieira Lima, a Polícia Federal prendeu também prendeu na manhã desta sexta o diretor-geral da Defesa Civil de Salvador, Gustavo Ferraz, que também é do PMDB e foi assessor de Geddel. Ferraz foi indicado pelo prefeito de Salvador, ACM Neto, para coordenar a defesa civil da capital baiana em janeiro deste ano.
Gustavo Ferraz é apontado pela PF como ‘pessoa ligada a Geddel Quadros Vieira Lima, tendo sido, inclusive, indicado por ele para buscar, em 2012, valores ilícitos remetidos por Altair Alves, emissário de Eduardo Cunha’.