Resultado veio junto com a forte elevação de despesas para o enfrentamento da pandemia de covid-19 no ano passado - Edu Andrade/Ascom/ME
Resultado veio junto com a forte elevação de despesas para o enfrentamento da pandemia de covid-19 no ano passadoEdu Andrade/Ascom/ME
Por O Dia
O ministro da Economia, Paulo Guedes, não descarta uma volta do auxílio emergencial. Nesta terça-feira, o candidato à presidência da Câmara, o deputado Baleia Rossi (MDB-SP) disse que o ministro deve fazer uma proposta de nova rodada do auxílio emergencial neste início do ano. Nesta quarta-feira, o portal de notícias UOL divulgou, no entanto, que Guedes vê a possibilidade como uma das "últimas alternativas" no que a pasta aponta como "amplo cardápio de medidas". 
Segundo Rossi, cabe a Guedes e sua equipe apresentarem uma sugestão para que a volta do benefício seja feita dentro do teto de gastos, a regra que impede que as despesas cresçam em ritmo superior à inflação, com "responsabilidade fiscal".
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Para Baleia, a sinalização de que haverá a volta do auxílio foi dada pelo seu oponente na disputa pela presidência da Câmara, o deputado Arthur Lira (PP-AL) e candidato do Palácio do Planalto. "Quando Lira vem e copia o que eu falo, não acredito que ele tenha feito isso sem um comando do Palácio", disse Baleia, que vem defendendo a concessão do auxílio.
Em entrevista ontem, Lira acenou com a possibilidade de prorrogação temporária do auxílio por um mês ou dois desde que "dentro de um novo Orçamento" e respeitando o teto de gastos. Ele deixou claro que isso tem de ser feito com o Orçamento aprovado. Ou seja, depois das eleições, marcadas para 1.º de fevereiro. "Para um mês ou dois, estabelecendo um valor compatível, eu penso que o governo possa fazer", disse Arthur Lira.
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Segundo o UOL, a avaliação que está sendo feita no momento é de que a recriação da renda básica, que custou R$ 294 bilhões aos cofres públicos, seria incoerente já que, diferente do momento em que houve paralisação de atividades, fechamento de comércios e serviços, agora as cidades estão funcionando 'normalmente'.
Um auxiliar de Guedes alega que a ajuda emergencial foi dada para os trabalhadores informais "não morrerem de fome enquanto estavam em casa". Mas, na visão da Economia, "os taxistas estão nas ruas, as cidades estão movimentadas. Tem até baile funk acontecendo. Não vamos dar dinheiro para as pessoas irem para o baile funk".
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Além disso, também aguardam a verificação em relação ao aumento no número de casos de coronavírus ser um reflexo das festas de fim de ano ou se, de fato, o Brasil vive uma segunda onda da pandemia. Para Guedes, se os casos de mortes ficaram no patamar de 1 mil diariamente, seria difícil não retornar com o auxílio emergencial. 
Cardápio de medidas
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As instruções passadas por Guedes são para, primeiramente, sua equipe buscar alternativas sem impacto fiscal neste ano. Em um cardápio de medidas, na visão deles, o ideal seria adotar medidas já implementadas no passado por Guedes, como a antecipação do pagamento do 13º salário dos aposentados e também a liberação de novos saques do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
Antes do auxílio emergencial, por exemplo, há como possibilidade a volta do Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda (BEm), que reduziu salários e jornadas de trabalho, com um complemento concedido pelo governo. A alternativa, porém, só será acionada caso haja paralisação das atividades, o que não é esperado pela pasta.
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*Com informações do Estadão Conteúdo