Diretor russo afirma que Sputnik V já começou a ser produzida no Brasil
Vacina contra a covid-19 desenvolvida na russa está em processo de pedido para uso emergencial com a Anvisa
Governo negocia 10 milhões de doses da Sputnik; entrega pode demorar até 3 mesesAFP
Por O Dia
A Sputnik V, vacina contra a covid-19 desenvolvida na Rússia, já está sendo produzida em solo brasileiro, como afirmou o diretor do Fundo de Investimento Direto Russo (RDIF), Kirill Dmitriev, nesta quinta-feira (21). De acordo com ele, a fabricação acontece na farmacêutica brasileira União Química.
Em paralelo, acontecem as tratativas para que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) conceda a aprovação para o uso emergencial do imunizante em solo brasileiro. Dmitriev espera que isso avance “nas próximas semanas”. A agência reguladora já havia recusado um pedido, alegando que “não foram atingidos” os requisitos mínimos pelos russos e pela farmacêutica brasileira.
O diretor do fundo russo não precisou quando a produção da Sputnik V começou no Brasil, mas a intenção da União Química era iniciar o processo nesta sexta-feira (22), em Brasília. Anteriormente, o início estava previsto para o último dia 15, o que não ocorreu. De acordo com a Anvisa, a falta de autorização para a condução de ensaios clínicos da fase 3, a condição ainda em andamento dos estudos e as boas práticas de fabricação estiveram entre os empecilhos para a aprovação do pedido.
Dois estados brasileiros já haviam firmado acordo com o fundo russo e com o Instituto Nikolay Gamaleya, laboratório que desenvolveu o imunizante: Bahia e Paraná. No entanto, a União Química projeta que se o acordo para uso emergencial não for concedido, as doses produzidas no Brasil serão destinadas a países vizinhos que já contam com esse aval, como Argentina e Bolívia.