A maioria dos aposentados e pensionistas (67,5%), sobrevive com salário mínimo de R$ 1.100 - Marcelo Camargo/Agência Brasil
A maioria dos aposentados e pensionistas (67,5%), sobrevive com salário mínimo de R$ 1.100Marcelo Camargo/Agência Brasil
Por O Dia
Rio - O Dia Nacional dos Aposentados, comemorado neste domingo, dia 24, não será marcado por celebrações devido à pandemia de covid-19. Em contrapartida, o Sindicato Nacional dos Aposentados reafirma suas reivindicações e, inclusive, entrou com ações na Justiça, em todos os Estados, cobrando um calendário de vacinação contra a covid-19 para idosos e a garantia da vacina para todos os aposentados e pensionistas.
"Para o sindicato, a grande luta vai ser garantir a vacina (contra o coronavírus) para todos os aposentados, especialmente para os idosos do nosso país. É o ponto chave para o dia 24 de janeiro, nossa prioridade neste momento", disse João Inocentini, presidente da entidade. 
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De acordo com o sindicato, atualmente o Brasil registra 35 milhões de cidadãos vinculados à Previdência, sendo que 67,5% sobrevivem com apenas um salário mínimo, hoje em R$ 1.100. Inocentini lembrou ainda sobre o auxílio emergencial pago pelo governo federal, que não incluiu os aposentados na lista de beneficiários.
"Vários segmentos da sociedade receberam o auxílio, no entanto, os aposentados ficaram de fora. Vale destacar que cerca de 10 milhões de trabalhadores brasileiros, que perderam o emprego durante a pandemia, encontraram amparo nas rendas dos pais beneficiários do INSS", ponderou o presidente da entidade.

O sindicato também cobra a gratuidade nos transportes públicos a partir dos 60 anos: "É urgente a necessidade a implantação da gratuidade nos transportes públicos aos cidadãos acima dos 60 anos. Ainda mais em tempos de crise econômica provocada pela pandemia, essa questão impacta diretamente na vida de milhões de aposentados, considerando que 67,5% ganham um salário mínimo (R$ 1.100) e o impacto no orçamento familiar é considerável", reivindicou em comunicado.
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Sem celebração
Yedda Gaspar, presidente da Federação das Associações dos Aposentados e Pensionistas do Estado do Rio de Janeiro (Faaperj), explicou que a tradicional romaria dos aposentados ao Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida (SP) não vai acontecer, neste ano, em função da pandemia. "Nós vamos todos os anos em dois ou três ônibus, mas não temos condição, não podemos sair de casa, a maioria dos aposentados é idosa", esclareceu, acrescentando que não haverá nenhum evento comemorativo para não colocar a vida dos aposentados em risco, por conta do coronavírus.