Eduardo José BarbosaMarcos Antonio Corrêa dos Santos

Por Marina Cardoso
O general Eduardo José Barbosa, que substituiu Hamilton Mourão (PRTB), atual vice de Jair Bolsonaro (sem partido), na presidência do Clube Militar do Rio de Janeiro, criticou a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, que anulou as condenações do ex-presidente Lula. No pronunciamento publicado no site da instituição, Barbosa questionou se o ex-presidente estará vivo até o final do processo de julgamento. 
“Ou alguém acredita que algum desses processos chegará a transitar em julgado (depois de centenas de recursos) com o “paciente” vivo? Lugar de ladrão é na cadeia…. mas não no Brasil onde aqueles que julgam são alinhados políticos daqueles que são julgados”, disse o general. 
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Na nota, o presidente do Clube Militar classificou o ex-presidente como o “maior político criminoso que esse país já conheceu” e que a decisão do ministro do STF “não convence nem alunos do maternal”. " Toda a comunidade criminosa do país e seus aliados mundo a fora devem estar festejando a vitória do banditismo", escreveu Barbosa.
A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, repediu a nota do presidente do Clube Militar. "Justiça a Lula incomodou generais do Clube Militar. Em notas destemperadas, sugerem sua morte e insinuam com ruptura. Deviam estar cobrando explicações do colega Pazuello e do capitão sem as + de 270 mil mortes que deixaram acontecer. Vocês não são tutores nem donos do país. Contenham-se", escreveu ela em sua página no Twitter.
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Justiça a Lula incomodou generais do Clube Militar. Em notas destemperadas, sugerem sua morte e insinuam c/ ruptura. Deviam estar cobrando explicações do colega Pazuello e do capitão s/ as + de 270 mil mortes q deixaram acontecer. Vcs ñ são tutores nem donos do país. Contenham-se

— Gleisi Hoffmann (@gleisi) March 10, 2021 ">
Leia na íntegra na note do Clube Militar
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Depois de muitos preparativos para suavizar a notícia, como retirada de provas dos processos, acabar com a prisão em segunda instância, libertar inúmeros condenados, entre outros, finalmente, um único ministro, dentre aqueles que sempre votam a favor dos corruptos, indiferente à boa índole da maioria da população brasileira, fez aquilo que todos já sabiam: anulou todas as condenações do maior político criminoso que esse país já conheceu. A desculpa encontrada não convence nem alunos do maternal. Novos processos em outras varas são uma artimanha grotesca para que o meliante fique definitivamente impune. Ou alguém acredita que algum desses processos chegará a transitar em julgado (depois de centenas de recursos) com o “paciente” vivo? Lugar de ladrão é na cadeia.... mas não no Brasil onde aqueles que julgam são alinhados políticos daqueles que são julgados. Toda a comunidade criminosa do país e seus aliados mundo a fora devem estar festejando a vitória do banditismo.