Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
Ex-presidente Luiz Inácio Lula da SilvaAFP
Por O Dia
Rio - Neste 1º de maio, Dia dos Trabalhadores, o ex-presidente Lula fez um pronunciamento com tom de crítica ao governo do presidente Jair Bolsonaro e estimulando os brasileiros a "manter a esperança". Estando elegível novamente, o político aproveitou a oportunidade para criticar a parcialidade de Sérgio Moro, julgada pelo Supremo Tribunal Federal, e acrescentou: "os procuradores da chamada “força tarefa” são responsáveis também pela destruição de 4 milhões e meio de postos de trabalho". 
Logo no começo do pronunciamento, o ex-presidente declarou luto pelas mais de 400 mil vidas perdidas para a covid-19. 
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"Minhas amigas e meus amigos. Este é um 1º de maio triste para os trabalhadores e as trabalhadoras do nosso país. Um dia de luto. Pelas 400 mil vidas perdidas por conta do covid-19, muitas delas porque o governo Bolsonaro se recusou a comprar as vacinas que lhe foram oferecidas. Pelos 14 milhões de desempregados, vítimas de uma política econômica que enriquece os milionários e empobrece os trabalhadores e a classe média. Pelos 19 milhões de brasileiros que estão hoje passando fome, abandonados à própria sorte por esse desgoverno", afirmou. 
Durante sua fala, Lula manteve as críticas que vem fazendo em relação a gestão do presidente Jair Bolsonaro. 
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"Nos últimos anos, andamos para trás. A economia brasileira encolheu, e é hoje 7% menor do que em 2014. Já estivemos entre as sete maiores economias do mundo. Hoje descemos ladeira abaixo, ocupando a décima segunda colocação. Entre 2015 e 2020, 37 mil indústrias fecharam as portas, o equivalente a 17 por dia. Sem qualquer apoio do governo, as micro e pequenas empresas, que geram 75% dos empregos formais, são as mais atingidas". 
"O Brasil, o povo, as trabalhadoras e os trabalhadores, as crianças, os jovens e os aposentados não deveriam estar passando por tanto sofrimento", acrescentou.
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Por fim, Lula usou do seu conhecido tom de incentivo aos trabalhadores e orientou a população a não perder as esperanças, "porque a primeira coisa que nossos inimigos tentam matar em nós é a esperança". 
"É preciso acreditar que o Brasil pode voltar a ser um país de todos. Com geração de empregos, salários dignos e direitos reconquistados. Com saúde e educação públicas de qualidade. Um país de livros em vez de armas, de respeito ao meio ambiente e às minorias, do amor em vez do ódio.Nós já construímos uma vez esse Brasil. E juntos vamos construir de novo. Trabalhadores: lutar sempre, desistir jamais. Viva o Primeiro de Maio!", concluiu o ex-presidente