O instituto Igarapé afirmou em nota que é inaceitável o Estado continuar apostando na letalidade como principal estratégia de segurança, sobretudo em lugares mais pobres.
O instituto Igarapé afirmou em nota que é inaceitável o Estado continuar apostando na letalidade como principal estratégia de segurança, sobretudo em lugares mais pobres.Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Por O Dia
Brasília - O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, classificou como "tudo bandido" os 27 mortos em uma operação policial realizada nesta quinta-feira (6), na comunidade do Jacarezinho, na Zona Norte do Rio. "Tudo bandido! Entra um policial numa operação normal e leva um tiro na cabeça de cima de uma laje", afirmou Mourão. 
"Lamentavelmente, essas quadrilhas do narcotráfico são verdadeiras narcoguerrilhas, têm controle sob determinadas áreas", disse o general, acrescentando: "É um problema da cidade do Rio de Janeiro, que já levou várias vezes que as Forças Armadas fossem chamadas a intervir. É um problema sério da cidade do Rio de Janeiro que vamos ter que resolver um dia ou outro".
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Operação Exceptis
Ao todo, 25 pessoas foram mortas na ação - entre elas, o policial civil André Frias, da Delegacia de Combate às Drogas. Até o momento, a identidade das demais vítimas não foi divulgada. 
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De acordo com a Polícia Civil, a Operação Exceptis foi realizada para prender criminosos que foram identificados em investigações que estariam recrutando crianças e adolescentes para o mundo do crime. Além do tráfico de drogas, os criminosos respondem pelos crimes de homicídio, formação de quadrilha e sequestro de trens.
Segundo a plataforma digital Fogo Cruzado, que registra dados de violência armada desde julho de 2016, é o maior número de mortes durante uma operação da polícia em uma comunidade desde o início dos levantamentos. Em 2021, o Fogo Cruzado já contabilizou 30 casos em que três ou mais pessoas foram mortas a tiros em uma mesma situação no Grande Rio.
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